5. O Primeiro Passo

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Tudo bom? Muito obrigadinha por estarem aqui no capítulo anterior. Espero que continuem acompanhando e incentivando!

Boa leitura, survivors.

~o~

Depois de um pouco de sutileza, Harry finalmente sintoniza com o sinal. O som fraco debaixo da estática acaba sendo nada mais que uma série de beeps. Louis parece chocado só por um momento antes de se tornar desdenhoso e desinteressado de novo.

- Eu estou empoeirado com códigos secretos, então você vai ter que decifrar esse sozinho.

Harry se senta e pressiona a orelha na saída de som do rádio, os beeps mal audíveis mesmo assim. Depois de um momento, um pensamento excitante vem até ele - e se isso forem coordenadas?

Harry se lembra de ter visto um mapa grande por aqui em algum lugar...Louis o consulta vez ou outra. Procurando ao redor, ele encontra e o abre na mesa, empurrando Louis e o trabalho dele pro lado.

- Ei!

Obviamente é um mapa antigo, quando estradas e limites de cidade significavam algo. Mas escreveram e desenharam nele, várias e várias vezes, com observações mais relevantes para a área que existe hoje. Coisas como locais de escavação ou esconderijos de mudinos relacionados com a posição da barraca. Marcações obviamente feitas por Louis ou James, ou ambos.

Escutando a série de beeps de novo e de novo, até finalmente começarem a fazer algum tipo de sentido, Harry coloca o dedo num ponto em um dos cantos externos do mapa. Se estiver certo, e essas forem coordenadas, então esse é o lugar.

- Louis, olha! É para cá que o sinal está apontando.

Louis encara o mapa com olhos em fendas. Com o dedo, ele desenha um circulo invisível ao redor do centro do mapa, com a cabana como ponto central.

- Vê isso? É o quão longe pode ir antes de ser atingido pela nuvem vermelha.

- Mas tem pontos marcados fora dessa área.

É verdade, há rabiscos desenhados por todo o mapa.

- James que os fez. Um tempo atrás, quando obviamente ele tinha um desejo de morte.

- Então, não é impossível ir para fora desse circulo, não é?

- Mas fica mais e mais arriscado quanto mais longe você vai. Okay, talvez a nuvem se mexa, mas ela passa tão rápido, que vai te matar antes que a note ali. E é basicamente inexplorado lá fora. Nenhum lugar é seguro.

- É como se você estivesse criando razões para não ter esperança.

- Eu só não acho que vale a pena ficar animado com um monte de beeps. Nem sabemos quão velha essa mensagem é, seja lá quem fez, já deve estar morto faz tempo.

- Mas não vale a pena ver para onde as coordenadas levam?

- Valer a pena morrer? Não. Não vale.

Um problema que vem incomodando Harry desde que chegou aqui finalmente explode de dentro dele.

- Até quando suas latas vão durar, Louis? O que você vai fazer quando se esgotarem? Seja lá para onde você vá fazer varredura, é um lugar que você já esteve antes milhões de vezes. Admita-- Você exaustou todos os recursos aqui! Você vai morrer se não usar a chance.

Louis praticamente salta para ficar de pé, fazendo a cadeira cair para trás no chão.

- Quem diabos você pensa que é, huh? Você vem aqui, come minha comida, contribui para basicamente porra nenhuma e acha que tem o direito de criticar meu estilo de vida? Se você não gosta do jeito que eu manejo as coisas aqui no meu pequeno reino de merda, por que você não cai fora, caralho?

Aloners || l.s. (post-apocalyptic AU)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora