13. Nada Como o Tempo

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Itiiii! Chegamos no final (tá mais para um epilogo) e achei muito fofo a força e carinho das pessoas que comentaram no capitulo passado por mim. Foram as mesmas em todos os comentários e eu agradeço imensamente. Obrigada por me acompanharem nessa jornada.

Até a próxima (duas fanfics novas em plano).

Sem mais delongas, boa leitura, Survivors.

~o~

Três dias depois...

A luz matinal entra pela janela, e Harry acorda lentamente, se sentindo descansado. Louis se mexe do lado dele, colocando o braço ao redor de sua cintura e o puxando para perto, pressionando o nariz em sua nuca.

- Você cheira bem. - ele murmura com a voz grave de quem acaba de acordar.

- Eu cheiro a suor. - Harry argumenta.

Louis abafa um riso na pele do cacheado.

- Sim, cheira mesmo. Eu gostaria de dizer para irmos pro segundo round, mas. - relembra quando fizeram amor antes de dormir.

Louis se espreguiça e o corpo estala.

- Eu acho que você me distraiu, babe. Eu estou acabado.

Os dois permanecem deitados, dormindo, acordando e conversando até o sol ficar brilhante demais para ser ignorado.

- Ugh. Okay. Estou acordado. - Louis pressiona um beijo caloroso no ombro exposto de Harry, se afastando e levantando. - De volta ao trabalho.

Mais tarde, Harry está andando pelos corredores, analisando o estado da base. Muito esforço foi utilizado na operação de limpeza. Ficou tão bom quanto poderia ficar.

- Aí está você. - Harry entra no que antes era o escritório de Alfa.

Louis está inclinado por cima da mesa, mexendo com o rádio quebrado.

- Ah, oi. Sabe, você destruiu mesmo essa coisa. Mas acho que consigo fazer funcionar de novo.

- Começar a transmitir o sinal de novo?

- Bem, sim. Quero dizer, estávamos lá fora. Talvez tenha mais alguém.

O Louis que costumava conhecer lá no começo, nunca diria isso. Harry sente uma onda de orgulho o atingir no peito em ver Louis trabalhando tão diligentemente, e falando tão esperançoso. Mesmo depois de tudo que ele passou. Que os dois passaram.

- Eu sei. É meio que um interruptor virado pro outro lado. Mas eu não me sinto mais assustado. Talvez porque agora estamos sentados no topo de um arsenal? Isso provavelmente ajuda.

A mão de Harry toca na arma que está na cintura - sua própria arma, que pegou do estoque do exército. Ele pensa na enorme pilha de comida e água - o bastante para varias pessoas por anos. E mais todos aqueles Jeeps e a gasolina.

- Que ótimo lugar temos aqui, não é? - Harry diz.- Sabe, eu não gostava muito no começo. Mas, não é tão mal. A companhia costumava ser horrível, mas você vai ser um ótimo companheiro de moradia. Um muito, muito legal.

Louis sorri e puxa Harry para um beijo.

...

Os dias e semanas passam, lentos e pacíficos. O sinal da rádio voltou a ser transmitido. Na verdade, está indo mais longe do que antes. Louis tinha dito xingamentos sobre o trabalho amador dos bandidos e conseguiu consertar o rádio.

Hoje, Harry está indo pro lado de fora praticar o tiroteio. Talvez seja só porque se acostumou, mas esse fim de mundo não parece mais tão quente e morto quanto antes.O sol ainda brilha com luminosidade implacável, mas o ar não parece tão pesado. O vento não está tão parado. Ou talvez Harry esteja se tornando um garoto da Tigela Empoeirada de verdade agora.

-...Huh. - Harry nota uma figura na distância.

É o Louis parado no meio do campo ao redor da base. Ele não nota o cacheado.Harry vai até lá, olhos fixados nas costas do rapaz enquanto olha o mundo lá fora, e se pergunta o que ele está pensando. Talvez sobre tudo que perdeu? Ou tudo que está por vir?

Quando a bota pisa numa pedra, Louis se vira para ele.E o sorriso do homem de olhos azuis o tira o fôlego. Tão pequeno, mas tão em paz. Um sorriso que nunca viu antes.

- Oi.

- Oi. - Harry sente lágrimas formigarem na margem dos olhos de uma hora para outra.

Os olhos de Louis semicerram em afeição e ele o dá a mão. Harry dá a mão de volta.

Fim.

Aloners || l.s. (post-apocalyptic AU)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora