Capítulo 14

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Sarah

Oi queridxs!

Já estava ficando com saudades. Desculpem a demora. <3

Antes de tudo, queria pedir para vocês terem um paciência com o Rixon. Ele é um adolescente, está confuso, inseguro e não é como a Sarah que tem apoio da família. Não podemos esperar que ele aja com a mesma segurança e autoestima dela. Nossa solzinho é forte e age sem medo, porque cresceu em um ambiente que permitiu que ela desenvolvesse isso, ela sabe que independente de qualquer ela vai ter quem a apoie, já o Rixon só tem apoio da Sarah. Para ele sair da zona de conforto e se arriscar como a Sarah é mais difícil, porque na cabeça dele, se não der certo, ele não vai ter mais ninguém. Rixon ainda vai mudar muito no decorrer da historia, não só ele, como o James também, e a Sarah, a Mariah e inclusive a Ana vão amadurecer. Adolescência é assim, eles ainda estão se moldando. 

Não vou me estender muito porque já era para eu estar dormindo há tempos rsrsrs

Beijinhos, espero que gostem do capitulo. Até breve

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Sarah


Uma semana depois

Meus olhos estavam fixos nas janelas da sala de aula. Eu fitava as arvores do patio e sentia uma melancolia tão grande. Aquele dia estava frio e nublado, combinava muito com meu estado de espirito naquelas ultimas semanas. Fazia três semanas que eu não conversava com o Rixon e eu sentia tanta falta dele.  Meu aniversario seria no final de semana  e eu cheguei a pensar em  nem fazer festa. Meu pai já estava desconfiado e minha mãe tinha certeza de que a minha preguiça de fazer festa se chamava Rixon. Para falar a verdade não tinha mesmo muito sentido fazer festa de aniversario. Eu quase não tinha amigos, a Mariah já havia dito que não poderia ir, por razões pessoais, o Moses e o John não tinham confirmado que ia também e o Rixon...bem...o Rixon eu tinha certeza de que não iria. Não tinha para que fazer festa grande como em todo ano, mas meus pais não se deram por vencidos. Minha mãe já havia dito que faria um bolo e meu pai fez questão de encomendar uma decoração e eu acabei percebendo que estava sendo boba. Afinal de contas meus amigos não poderiam ir, mas eu tinha mãe, pai, irmãos, tios e avós. Era mais do que suficiente para fazer uma comemoração. Não era todo dia que se fazia quinze anos e apesar de aquela não ser a idade de debutante nos Estados Unidos, no Brasil era a idade mais esperada pelas meninas. Minha mãe estava empolgada que só ela, já tinha marcado da gente sair para comprar um vestido para minha festa. 

Eu suspirei frustada enquanto observava o patio vazio da escola. Era estranho pensar que eu faria quinze anos dentro de poucos dias. O tempo passava tão rápido. Eu me lembrava como se fosse ontem a primeira vez que eu vi meu pai. Eu tinha só sete anos, mas lembrava nitidamente dele me segurando no colo e de como ele olhava para mim. Eu não me lembrava muito do que eu falei, mas lembrava dele. Eu tinha tantas memorias soltas daquela época, eram as lembranças mais antigas que eu tinha. Eu me lembrava vagamente também de quando morava no Brasil sozinha com a minha mãe. Lembrava da nossa cama, da sensação de dormir abraçada com ela toda noite e da mancha de mofo que tinha no teto do quarto. Eu me lembrava de quando conheci o Rixon, da chegada dos meus irmãos, foi tudo mais ou menos na mesma época e eu andava pensando tanto naquelas lembranças. Acho que era porque estava perto do meu aniversario.

 A voz da professora soava distante e tão sem sentido que eu passei todo o horário sem escrever uma palavra sequer no caderno. Quando bateu o sinal indicando o fim do horário da aula, eu peguei meu material em cima da mesa, joguei dentro da mochila e me levantei da cadeira. Estava prestes a chegar na porta, quando a voz da senhora Cold soou atras de mim.

Sarah #Wattys2019Onde histórias criam vida. Descubra agora