09- "Agora, sou EU quem comanda aqui Chimchim"

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2 semanas depois

-Não, Mark, eles ainda não anunciaram, para todos os efeitos, nós estamos de férias, foi decisão da empresa e não minha.

Jungkook tinha uma rotina simples agora que não tinha que treinar como um louco, estava apenas relaxando e esfriando a cabeça, tomava café, almoçava e lanchava no mesmo lugar. Ia de casa para o mercado ou para a lanchonete, não tinha muito o que fazer naquele lugar, seu maior passatempo era ver as fotos que Jimin publicava de vez em quando, pelo jeito ele estava indo bem sem ele, ele não o procurou nenhuma vez. Isso era bom, mas era doloroso também. Ele ainda sustentava o anel em seu dedo, a única lembrança que tinha de que, um dia, seu amor foi correspondido. Não importava que tivesse passado esse tempo todo sem vê-lo, sentia a mesma coisa que sentia quando eles estavam perto: Amor.

-Ok, Jungkook, tomara que você não se arrependa.

-Não vou, Mark, eu tenho meus motivos.

-Tá bom, tá bom, você que sabe. Quer jantar aqui em casa hoje?

-Não, obrigado, vou dormir cedo hoje, amanhã quero fazer nada o dia todo.

-Você já não faz isso todos os dias?

-Sim, e vou continuar fazendo.

-Tá bom, amigo, vou nessa, Jackson tá mandando um beijo.

-Manda um de volta, estou com saudades, diga que logo farei uma visita pra vocês.

-Pode deixar. Se cuida. Até.

-Idem. Até.

Assim que desliguei o celular senti duas mãos fortes envolta da minha cintura me puxando para trás, uma delas, com um pano úmido, foi direto tapando a minha boca, tentei me soltar, mas o aperto aumentou. Aos poucos, meu corpo foi perdendo a força, eu estava com medo, sozinho, não podia chamar por ninguém, não tinha mais amigos por perto. A última coisa que ouviu antes de desmaiar foi um nome saindo abafado pelo pano em minha boca, um nome que prometi guardar apenas para mim: Chim.

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Acordei um pouco desnorteado, não sabia onde estava, aos poucos meus olhos se focaram, o que não adiantou muito porque o lugar era escuro, só havia uma luz acima da minha cabeça ela iluminava apenas a cadeira onde eu estava sentado. Porque eu não me levantei e fui embora? Porque eu estou com as mãos juntas para atrás do meu corpo, presas numa algema, eu não consigo vê-las, mas parecem de verdade, pelo menos fazem barulho de metal. Eu só queria saber porque tem uma chave presa no meu zíper da calça. Tenho certeza que não pus nada aí...Onde estou? É gigantesco, parece um teatro ou um palco. Não parece abandonado, não cheira mal ou coisa parecida.

-EI! TEM ALGUÉM AÍ? O QUE VOCÊS QUEREM? NÃO É AQUELA DOIDA DA PADARIA NÃO, NEH? SE FOR, MINHA BUNDA NÃO ESTÁ MAIS DISPONÍVEL PARA OS SEUS TAPAS, OUVIU?

Silêncio. Afff porque tudo tem que ser difícil pra mim? Primeiro eu me apaixono pelo meu melhor amigo, depois passo a amá-lo, aí ele me bate, depois eu perco ele, perco meu trabalho e agora sou sequestro por uma doida que acha que minha bunda é porta tapa. O tapa na cara que levei do Jimin doeu bem menos.

De repente uma segunda luz se acendeu um pouco a minha frente, um pequeno foco iluminou um par de pernas cruzadas sentadas numa poltrona, e que pernas.

Não dava para ver direito, mas, seja lá quem for, deveria estar com uma saia bem curta porque eu só conseguia ver algumas tiras de cinta liga vermelhas indo em direção a sua coxa, adentrando nas botas de cano alto e salto agulha também vermelho sangue. A pele era branca, lisa, coxas grossas...elas pareciam familiar.

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