12- "Eu posso ser o ativo dessa vez?"

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_Amor!?Você está aí? Jimin?!

Eu ouvi Jungkook entrar na cozinha, queria responder ele, mas não consigo. Me arrastei as escuras dando a volta no balcão enquanto ouvia Jungkook andando até o banheiro, olhei pra cima do balcão e vi várias embalagens de comida pronta.

_JIMIN!

Jungkook o alcançou, se sentou no chão e o segurou no colo.

_Jimin, aí meu Deus, Jimin o que aconteceu?! Amor, respira, calma. Eu não sei o que fazer, meus Deus, me ajuda.
.....................
Encontrei Jimin no chão, tremendo, com dificuldade de respirar e lágrimas descendo pelo rosto. Eu fiquei desesperado, eu quero ajudá-lo, mas Tae nunca me falou o que ele tem e nem o que fazer, eu demorei uma hora até achar uma loja para comprar comida decente porque na geladeira só tem porcaria, imagina achar um hospital, ainda mais a pé.

_Jimin, eu não sei o que fazer, você precisa me guiar, amor!

Jimin apontou trêmulo para a geladeira.

_Amor, ali só tem porcarias, água e bebida alcoólica. Você quer água? Vou pegar pra você.

Eu deitei Jimin no chão e fui buscar a água, voltei pra ele, abri a garrafa, sentei com ele tentei dar a água dele, mas ele se recusou.

_Amor, eu não sei o que fazer, vou ligar pro Tae, me desculpe.

Jimin se agarrou em mim forte, ele respirava com mais dificuldade que antes. Eu não posso falhar com ele agora.

_Alô, Jungkook? Não deveria tá comendo o Jimin agora?

_Tae me ajuda, o Jimin tá passando mal e eu não sei o que fazer, eu não conheço nenhum hospital por aqui!

_Calma, eu deixei em cima da geladeira um calmante, dá pra ele e faz ele comer algo de sal. Jimin saiu sem comer para ir até aí era uma da tarde. Ele comeu algo aí?

_Não, nenhum de nós.

_Imaginei. Jimin está tendo uma crise de ansiedade. Piora quando está sem comer. Faz o que eu falei e manda mensagem depois pra dizer se ficou tudo bem. Tente acalmar ele, conversa com ele, pergunta o que aconteceu, ele não fica assim por nada.

_Ok. Amor olha pra mim, eu preciso buscar o seu remédio, precisa me soltar, amor.

Jimin me apertou ainda mais e chorou mais forte balançando negativamente a cabeça.

_Tá bom, tá bom, vem comigo, abraça a minha cintura com as pernas.

Ele fez o que eu pedi.

- Isso, vou levantar, segura.

Levantei, peguei o remédio, sentei ele no balcão, peguei a garrafa de água e pus perto dele.

_Abre a boca, amor.

Ele abriu e eu depositei o comprimido e o fiz tomar um pouco de água. Ele me abraçou de novo, pelo pescoço e pela cintura, isso estava estranho.

_Ei, ei, calma. Eu não vou fugir. Você precisa comer, vou botar comida no microondas, me solta um pouquinho, Chim.

Ele negou de novo. Fiz tudo com ele no meu colo. Obrigado academia, o Jimin não é tão levinho quanto acham. Eu levei ele pra cama junto da bandeja. Sentei com ele e pus a bandeja do lado, ele ficou mais calmo. Ele parou de chorar e respirava melhor.

_Meu amor, você precisa comer, pode ficar no meu colo, mas senta melhor pra comer, vira pra eu te dá comida, bebê.

Ele resistiu um pouco, mas no fim fez o que mandei, dei comida a ele na boca, ele parecia fraco, pelo menos comeu tudo, mas não me soltou hora nenhuma, pelo menos agora ele só tá de mãos dadas comigo e agarrado no meu braço. Almocei assim. Perguntei mil vezes o porque disso, mas ele não falou uma palavra. Nos sentamos na cama e ele sentou no meu colo, se agarrou novamente em mim, colou nossos corpos o máximo que pode.

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