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E continuará perdido.
Perdido em algum universo.Quando acordou Débora olhou ao redor, indo à cozinha para um copo d'água quando Oscar lhe deu o recado e seguiu para o seu quarto com o irmão que carregou seu notebook para o local correto. Ela sentou-se na sua cama, em um espaço livre que encontrou. Mirela acordou sobressaltada com a mão em seu braço, sentindo o gosto de sangue quando sua gengiva se rompeu, ainda que não deixasse transparecer. Então suspirou se acalmando.
— Está assustada. — observou Débora. — Boa noite. O que aconteceu?
Mirela sentou-se, recostada à cabeceira ao esconder o rosto e terminar de acordar.
— O que vocês sabem sobre Os Inocentes? — perguntou sem rodeios.
Manteve olhar baixo por saber ser o mesmo absurdo que ouvira, e fechou os olhos com um sorriso ao ouvir o irmão gargalhar. Olhou Débora ao sentir a mão dela no seu rosto, e também sorria.
— Você está doida, não é? — brincou Débora.
— Queria estar. — confessou rindo com ela. — Mas foi o que disseram.
— Estão com medo dos inocentes?
Logo os três gargalhavam, com Oscar sentando na ponta do colchão, dobrando-se ao não controlar o que logo marejou os olhos.
— É sério! — Mirela protestou ao conseguir controlar-se. — O que você sabe?
— Conto de terror para as crianças. O velho do saco que vai levar as crianças ou novatos rebeldes. — ironizou Débora.
— Lembro bem, lembro bem... — falou Oscar. — Lembro de você morrendo de medo dos inocentes...
— Claro! Eu tinha um irmão vampiro e uma irmã não. — Mirela defendeu-se. — E nenhum dos dois entendia ou poderia me ajudar a impedir do outro ser levado pelos inocentes, porque os dois poderiam ser levados... Aposto que as crianças humanas que sabem dos vampiros escutam essa história. — defendeu-se.
— Oh, tadinha... — falou Débora ao abraçar a cabeça da irmã dedicada.
— Bem, estamos muito crescidos agora, e mesmo se essas coisas existissem, não somos o alvo. Pode ficar tranquila. — Oscar garantiu ao secar os olhos.
— Pode pesquisar isso pra mim? — pediu Mirela. — Ao menos nos últimos anos.
— Sim. — Débora concordou. — Mas não deve ter nada documentado. Deve estar só na memória dos mais antigos. Quanto mais antigos mais saberão sobre. Mas entenda que não passarão de boatos. — advertiu.
— Obrigada.
— Vou... sair perguntando por aí.
— Por favor, não chame muita atenção. Os ânimos já estão bem exaltados por causa disso... Seja discreta.
— Serei, mas vou precisar de ajuda.
— Eu ajudo. — Oscar ofereceu-se.
— Ajuda? — surpreendeu-se Mirela.
— É, parece importante. Quero saber do que se trata para quando eu arrumar algum novato.
— Quer criar filhos?
— Em alguns séculos, quem sabe.
— Certo, agora saiam e me deixem dormir.
— Ainda está no meu quarto, Mirela. — Débora lembrou.
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Sob as Presas
VampireSeus olhos não ousam brilhar à claridade, quebrados sobre joelhos. Mas, ao ocultar-se o sol a cidade é daqueles que jamais se rendem. Versos de capa e de epigrafes retirados de poemas de Icel263, em SpiritFanfiction.com