Eighteenth

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Louis sentiu o cheiro de Harry antes mesmo dele entrar no escritório de Anton, instantaneamente o deixando mais calmo, mas não completamente.

Só descansaria quando tivesse Harry seguro em seus braços e certo de que ele não estava machucado.

A porta se abriu e o alfa chamado Ricky entrou, seguido por outro alfa um pouco mais alto e então pode ver quem queria.

Ele parecia inteiro e perfeito, desconsiderando um machucado em uma de suas bochechas e a mão daquele alfa segurando a dele.

Avançou antes que pudesse se conter, e o modo como ele empurrou o cacheado para trás e se pôs na frente o irritou ainda mais.

— Saia da frente.

— O que vai fazer?

Louis franziu o cenho, quem esse alfa acha que é para tentar impedi-lo de chegar até Harry?

— Vou pegar o meu ômega e quebrar sua cara se continuar na frente. - ameaçou tentando o contornar mas ele se pôs na frente novamente.

Rosnou e ele devolveu o som.

— Ele deixou de ser seu ômega a partir do momento em que o vendeu! O que foi, se arrependeu e agora o quer de volta?

— Pietro, deixe o homem chegar até o ômega. - Morris chamou sua atenção e o olhou, em seguida vendo o envelope em sua mesa. Eles tinham revendido Harry mais uma vez?

— Mas que porra?!

— Houve um engano. - o alfa mais velho explicou calmamente. - O ômega foi vendido sem o consentimento do senhor Tomlinson, real dono de Harry.

— O quê?! - ouviu a pequena exclamação do ômega.

— Harry. - Louis chamou a atenção novamente, se obrigando a ficar parado e não atacar o outro alfa. - Sei que isso tudo está uma bagunça, mas vou te explicar tudo enquanto voltamos para casa. Venha comigo. - chamou.

O ômega se encolheu sem saber o que fazer, sua confiança estava destruída. Tinha medo de ir e acontecer tudo de novo, continuar sendo vendido em um looping infinito.

Pietro se virou para si, sabia que ele estava bravo.

— Se você quiser ir...

— Ele tem que ir, Pietro. - Morris riu, levantando o envelope com o dinheiro. - Já foi pago, vá para o seu alfa, garoto.

O loiro suspirou, vendo Harry abaixar a cabeça e ir em direção a Louis.

— Espera! - rapidamente pegou um pedaço de papel qualquer em cima da mesa de seu chefe e uma caneta, escrevendo os dígitos rapidamente antes de ir até o ômega, colocando o papel na mão dele. - Se algo acontecer... - sussurrou ouvindo mais um rosnado de Louis.

O ômega sorriu pequeno antes de continuar seu caminho. Encarou Louis incerto, demoraria para voltar a acreditar nele e o alfa sabia disso.

Saíram do escritório sem mais palavras, o mais alto os guiando até a saída da casa. Seu carro estava estacionado em frente, abriu a porta para Harry e entrou em seguida.

— O que ele deu a você? - perguntou.

Harry não o olhou, se mantendo concentrado na rua através da janela.

— Harry, eu sei que...

— Você mentiu para mim.

Louis não podia ver, mas por sua voz embargada pode deduzir que ele segurava o choro. Era tão difícil ver ele chorar, ainda mais sabendo que era por sua culpa.

— Eu não menti, minha mãe vendeu você. Ela não me perguntou antes e escondeu isso de mim, mas meu pai descobriu.

— Escutei ela falando no telefone e dizendo que você concordava com algo que agora sei ser isso.

— Por favor, acredite em mim! Eu nunca faria isso, eu não quero que levem você para longe de mim e também não quero que você fuja.

O cacheado o olhou surpreso, em seguida ficando envergonhado e abaixou a cabeça.

— Você vai me castigar?

— Não! Sweet, eu nunca faria nada para te machucar. - se virou no banco para poder olhar seu rosto corretamente. - Eu sinto muito por ter falhado em algum momento com você e não ter percebido o nível de perseguição que minha mãe tem sobre você.

— Ela não me persegue, apenas espera que eu...

— Sim, Harry, ela te persegue e eu não vou deixar isso continuar. - estendeu a mão, tocando o rosto acanhado quando percebeu que ele não iria repelir. - Eu devo cuidar de você e isso não tem nada haver com o fato de eu ter comprado você, por favor não me veja apenas como um "dono". Nunca desejei ser alguém que obtêm posse da vida de outra pessoa.

O ômega ficou quieto, parecendo analisar a situação e suas próximas palavras.

— Está com raiva de mim agora?

— Estou sentindo raiva de ter deixado isso acontecer bem debaixo do meu nariz, mas não de você. Te recuperei e agora vamos para casa, vou terminar de resolver isso.

Se ajeitou no banco e ligou o carro, arrancando. Olhou para Harry, sabia que ele estava nervoso e incomodado.

Segurou uma das mãos inquietas, dividindo entre olhar para ele e para a estrada.

— Eu sei que minha mãe tem te incomodado desde o primeiro dia, mas ela tem passado dos limites cada vez mais e eu não vou deixar isso continuar. Foi uma falha ter deixado que começasse, na verdade.

— Apenas... Por favor, eu não aguentaria ser vendido novamente.

— Não se preocupe, Sweet. - sorriu se concentrando em chegar logo.

∆∆

Mark se levantou do sofá quando os dois finalmente chegaram, estava preocupado que algo de errado acontecesse.

— Vocês estão bem?

Louis assentiu, trazendo Harry para perto de si.

— Onde ela está?

Seu pai suspirou.

— Trancada em nosso quarto desde que você saiu, inconsolável.

— Sabe que não me arrependo de ter falado tudo aquilo, não é?

— Sei, Louis. Infelizmente sua mãe errou, você está certo. - disse e se virou para o cacheado. - Está bem?

— Sim, obrigado por perguntar.

— Hazza. - Louis chamou tocando seu rosto novamento. - Vá buscar sua mala, por favor?

— O quê? Por quê?! - perguntou se assustando um pouco.

— Vamos ficar em um hotel por um tempo, vou subir para fazer minha mala também, relaxe. - o ômega se acalmou e assentiu. - Me espere aqui, tudo bem?

Se afastou mesmo que no momento só quisesse manter as mãos no menor para ter certeza de que ele estava ali e que não o tirariam de si mais uma vez.

Só notou que seu pai vinha atrás de si quando terminou de subir as escadas, mas continuou indo para seu quarto.

— O que vai fazer?

— Ficar em um hotel enquanto vocês não vão para o México, depois vou comprar um apartamento.

— Tem certeza? Saiba que eu gostaria de ajudar com o que precisar.

— Tenho, ficou claro que Johannah nunca vai aceitar Harry e eu não vou ficar longe dele.

Mark pôs a mão em seu ombro, dando um aperto familiar para demonstrar apoio e depois se afastou para deixar que ele arrumasse suas coisas.

Desculpem pela demora, é que eu tenho tido que sair bastante e não me sobra muito tempo.
Se tiver algum errinho que passou sem querer me avisem e eu corrijo.
<3<3

Poor OmegaKde žijí příběhy. Začni objevovat