Perfect

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I might never be the hand you put your heart in

Or the arms that hold you anytime you want them

But that don't mean that we can't live here in the moment

(Posso nunca ser a mão que você coloca seu coração

Ou os braços que te abraçam na hora que você quiser

Mas isso não significa que não podemos viver este momento)

No dia seguinte pela manhã Johanna me mostrou como limpava a casa. A biblioteca era pequena e com muitos espaços vagos nas estantes. Possuía apenas as estantes, uma grande escrivaninha e uma poltrona grande e confortável, com vista para o jardim. Na sala de ginástica todos os aparelhos virados para a janela, um armário parecido com um closet com toalhas e acessórios para o treino. A sala de estar tinha dois grandes sofás, dois quadros contemporâneos, a mesa de centro e TV super moderna. Na sala de jantar, uma mesa para oito lugares, uma escultura e mais um quadro. A cozinha era um sonho, mesmo que eu já tivesse trabalhado em outras cozinhas antes, é sempre diferente a cozinha de uma casa. Qualquer prato que eu quisesse preparar ficaria fácil com os acessórios da cozinha. No andar de cima, três suítes de mesmo tamanho com guarda-roupas já com roupas de cama e banho. No último andar a suíte principal e o terraço, que era do tamanho de uma suíte. O quarto principal era curioso. Enquanto as outras suítes eram claras e modernas, a principal tinha móveis antigos, escuros, de madeira maciça. A mesinha de cabeceira imitava uma pilha torta de livros. Enquanto Johanna limpava o banheiro, pude dar uma olhada rápida no closet. Muitas botas e sapatos sociais. Porém a maioria das roupas era casual. Uma infinidade de casacos, toucas e cachecóis. Poderia muito bem ser de um jovem com gosto peculiar ou de um velho tentando ser jovial.

Depois que preparamos o almoço, conheci dois dos seguranças: Jordan e Ernest. Quando passamos pela garagem vi dois carros e espaço para mais 3 ou 4.

De tarde Johanna me levou para fazer compras, fomos em uma pick-up que ficava perto do portão dos fundos da casa. Fizemos compras num mercado local, bem diferente do que eu estava acostumada em NY. Menor, mais amigável e com muito mais idosos.

Meu uniforme seria parecido com o do hotel, cobriria meus braços tatuados e quando eu estivesse cozinhando usaria uma touca que cobriria os cabelos roxos. Pedi permissão à Johanna para usar uma bandana em tempo integral. Estava acostumada a esconder o piercing do septo, tatuagens e cabelos. Era mais fácil de ser levada a sério.

O resto do dia eu fiquei livre. Curti o final de tarde no jardim colorido, enquanto lia um livro. Enviei um e-mail para minha mãe e para minhas amigas, já estava com saudade da bagunça do apartamento.

Uma lenta semana se passou do mesmo jeito, apenas seguindo os passos de Johanna dentro da casa. Parecia tudo muito simples, muito fácil, ainda não estava entendendo o valor do salário. Eu trabalharia menos do que no hotel e ganharia bem mais.

Um dia a noite, eu estava com insônia e desejando um chá. Para não acordar Johanna, segui para a cozinha de Sr. Edward. Coloquei uma chaleira para ferver, peguei ervas para o chá e esperei. Assim que coloquei as ervas em infusão, ouvi um barulho. A porta principal se abriu e vozes entraram na casa. Eu estava sem meu uniforme de trabalho, de pijamas na cozinha do magnata. Apaguei a luz e corri de volta para meu lugar. Deitei para dormir rezando para que o Sr. Edward não fosse até a cozinha. Estava ansiosa, com medo de ser pega e ao mesmo tempo querendo saber quem era o proprietário da casa.

-Amanda? – Johanna me chamou pela manhã enquanto eu limpava nossa casa.

-Sim? – Estava nervosa, a expressão de Johanna não era amigável.

-Sr. Edward me agradeceu por ter deixado um chá pronto para ele a noite. Eu nem sabia que o senhor Edward voltaria ontem. – Johanna estava visivelmente irritada.

-Desculpa, desculpa, desculpa Johanna. – "Não posso ser demitida antes mesmo de saber para quem estou trabalhando.".

-Sua sorte é que ele não te viu e gostou da surpresa. Nós temos cozinha aqui, quer chá tome aqui. Não será perdoado outro erro.

Engoli em seco enquanto Johanna voltava para a casa principal. Eu estava instruída a não entrar na casa enquanto Edward estivesse nela, só depois que Johanna tivesse certeza que eu estava apta para o trabalho.

De tarde fui designada a lavar as roupas do Sr. Edward. A lavanderia ficava junto de nossa casinha. Uma imensa mala de viagem chegou recheada de roupas sujas. Depois que terminei meu serviço segui para a casa principal com as roupas limpas. Johanna estava me esperando na cozinha. Estava focada em não derrubar nenhuma roupa limpa pelo jardim. Tão concentrada em não tropeçar que não percebi que tinha alguém na piscina. Quando já estava terminando de passar a piscina foi que eu o vi. Congelei e esqueci como se respirava por alguns segundos. Ele estava me olhando curioso, os olhos brilhantes, o cabelo molhado grudando no rosto. Harry Styles.

-Olá. – Ele sorriu amigavelmente

-Desculpe senhor Styles. – Johanna veio correndo em minha direção. – A menina que vai me substituir: Amanda. – Ela me apresentou e tirou as roupas limpas de minhas mãos.

-Boa tarde senhor Styles. – Me obriguei a falar, apesar de não me lembrar como se fazia para andar.

 – Me obriguei a falar, apesar de não me lembrar como se fazia para andar

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Johanna rapidamente me empurrou junto com ela para dentro da casa. Eu ainda estava em choque. Harry Styles? Em que planeta isso seria possível? Sentia minha pulsação irregular e as pernas falhando.

-Bom, agora você já sabe quem é seu patrão... – Johanna continuava irritada.

-Por que ninguém me contou antes? – Foi o que eu consegui dizer.

-Precisamos de pessoas profissionais. Se você soubesse que era ele, teria aceitado sem reconsiderar, não? – Johanna seguiu para o quarto dele e eu a segui.

-Provavelmente sim. – Eu ainda estava perplexa, o estômago um pouco embrulhado.

Ela me entregou uma toalha limpa e me deu instruções para deixar a toalha na espreguiçadeira perto da piscina e depois voltar para a casinha. Estava tão envergonhada que esperei senhor Styles mergulhar e corri para deixar a toalha e entrar em casa. Tudo fazia sentido... O contrato tão extenso, toda a segurança, todos os segredos e cautela que todos tinham. Até o salário começou a fazer sentido, estavam pagando mais para que eu cumprisse o contrato. Harry Edward Styles... Como não tinha pensado nisso antes? Talvez porque era uma chance em um milhão. Agora precisaria de muito profissionalismo, como trabalhar para ele se nem conseguia olhá-lo sem a sensação de que iria desmaiar?

If I Could FlyWhere stories live. Discover now