🏥127🏥

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ANY'S POV
Chego no aeroporto com Sabi e demos a nossa última olhada. Chorávamos como na nossa última despedida no famous teen house. Aquela garota fez tudo por mim e não sei como retribui-la por isso, ela literalmente me fez irmã dela.

Vou sentir tanta falta de você, Sabi.
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Quando finalmente pouso em LA, tenho a iniciativa de ligar meu celular. Não liguei antes porque sei o tipo de mensagem que eu encontraria, sei que eu veria mensagens de desespero da Sina...

A ligo e pergunto qual era o hospital que Josh estava, e fico aliviada em saber que não era tão longe do Aeroporto.
Naquele momento a minha vontade era de sair voando até aquele hospital. Era como se tudo o que eu queria era o abraçar e poder sentir o seu rosto bem perto do meu.

Que bosta fui fazer?

Ele podia estar falando com algum familiar, poderia estar apenas ilusionando por conta das drogas... E sobre Trish? Não tinha parado para pensar o quão dura fui com ele.
Ele não a matou, ele era apenas muito jovem e despreparado. Me sinto uma merda por não ter pensado nisso antes...

O caminho que o Táxi fazia até o hospital parecia demorar três horas. Porque será que quando você está ansioso, tudo passa mais devagar? Isto é uma bosta.

Chego no hospital e saio procurando o quarto 127 como uma louca. Parecia até que eu estava indo para uma maratona.

JOSH'S POV
Sina já havia avisado para Noah que ela estava chegando e tudo o que eu queria fazer era me levantar e sair correndo dali, mas ao mesmo tempo quero ouvir o que ela tem a dizer sobre ter fugido de novo de mim... Seus motivos tem de ser ótimos, oara que eu possa a perdoar.
E com perdoar eu não quero dizer voltar correndo para ela, e sim, não a odiar.

A porta se abre e a conversa entre Sina e Noah para.

Era ela.

ANY'S POV
Josh estava cheio de tubos e canos injetados no braço. Ele tinha olheiras profundas e seus cabelos não estavam em um topete perfeito como sempre.

Olho para Sina e desabo. Literalmente desabo nos braços de Noah e Sina. Como pude fazer algo cruel dessa forma?
Estava me achando uma pessoa incrível por ter doado o dinheiro de tia Laura, mas olhando para Josh, vejo que não sou bem assim.

O braço dos meus melhores amigos é reconfortante, mas não o suficiente para fazer as lágrimas infinitas que caiam na bochecha pararem.

SINA: Vai falar com ele meu bem, ele está consciente, apenas não consegue mexer o corpo. (ela sussurra)
NOAH: Isso pode até mesmo ajudar ele a voltar ao estado normal. (ele sorri)
SINA: Vamos dar um tempo para vocês ok? Estaremos aqui fora.

Apenas assinto com a cabeça e me aproximo da cama dele. Ele estava tão fraco, tão... vulnerável.
Encosto na sua mão e vejo como estava fria, parecia uma pedra de gelo...

ANY: Mor...(eu soluço) Me desculpa, me desculpa por tudo. E-eu sei que você não foi o culpado pela morte da Trish e eu fui muito dura com você, eu fui uma imbecil. Te tratei que nem lixo e não liguei para a nossa promessa me desculpa...M- mas porque você se drogou mor? Eu sei que eu foi por minha culpa mas, você me assustou, achei que tinha morrido.

Ele continua sem se mexer. Como dói ver isto... Preferia que ele estivesse gritando comigo, e me dizendo o quanto sou estupida por ter feito o que fiz, do que ele calado na cama.

ANY: Eu não vivo sem você bebê, volta pra mim, por favor. Você é tudo pra mim e te ver assim está quase me fazendo ficar igual. Levanta... Nem que seja para gritar comigo, por favor.

Ele não se mexe. Nem mesmo sua mão se mexe. Como aquilo estava me rasgando... Eu apenas queria ver aqueles olhos, aqueles olhos azuis, que eu tanto amo. Enquanto meus olhos estavam cheios de lágrimas, os dele nem se abriam.

JOSH'S POV

"eu não vivo sem você bebê"  Não sei se foi pela escolha de palavras, mas aquilo me sensibilizou. Aquilo me tocou, tudo o que ouvi me sensibilizou. E ela estava tão mal... Mas não tão mal quanto eu estava quando ela me deixou.

"levanta... nem se for para gritar comigo" Eu realmente queria muito fazer aquilo. Mas ao mesmo tempo, eu queria a dizer que está tudo bem, a dizer que vou conseguir me mexer mais rápido ainda com ela aqui. Mas nada sai.

Ouço seus soluços aumentarem e sua mão sair da minha. Até que sinto o colchão se afunda.

Que porra ela está fazendo?

Oh meu deus, ela está deitada no meu peito. Consigo sentir meu ombro ficar molhado enquanto ela faz carinho na minha cabeça. Aquele carinho... O carinho que ela fez antes de ir no Brasil, o carinho que ela fez quando chegou do Brasil, o carinho que ela sempre faz depois de transarmos, o carinho que ela faz quando sabe queo filme que ela pôs era chato para mim, o carinho que ela está fazendo agora.

Imagino que se pudesse me mexer, ela nem teria deitado nesta cama, mas já que não consigo, não tem problema receber o melhor carinho do mundo, certo?

ANY: Eu não vou sair daqui até você acordar bebê.

Queria mais que tudo na minha vida a responder, mas essa porra de coma não me deixa. Queria a dizer que gostei mais do apelido "bebê" do que "amor". Bebê é algo mais sua cara... Mais algo nossa cara.

Ela continuou fazendo aquele carinho por muito tempo, nem sei dizer o quanto, enquanto ela fazia melodias com a boca. Juro que pareciam canções de ninar. Como aquilo me acalma...
Eu prestava atenção em todas as melodias e sabia grande parte das músicas. Ela cantou Sweater weather, Culpables, i love you, one last time e tantas outras...

Quando ela termina de "cantar" six feet under, ela começou a cantarolar... Espera... Oh céus.

Ela estava cantando right here.

Ela estava cantando Chase Atlantic para mim. Sinto como se todos os meus nervos fossem explodir com a melodia calma que ela fazia no meu ouvido.

Naquele momento parecia que o mundo não existia. Parecia que tudo ao meu redor era ela, era ela cantando minha música favorita.

Até que quando a última nota soa, ela deixa um beijo na minha bochecha, apoia sua cabeça no meu peito, e agarra minha cintura.

Á partir do momento que ela fez aquilo, eu fiquei tentando me virar para ela e agarrar sua cintura. Pensei em tudo o que ela havia me dito, pensei sobre seu carinho, suas musicas e depois de tanto tempo tentando, consigo mexer minha mão.

Aos poucos, meu braço, pernas, troco foram se mexendo. Mas quando finalmente consegui vê-la foi a minha maior felicidade. Ela estava tão calma, mas tão diferente...

Consigo finalmente me mexer por inteiro, e a primeira coisa que faço, foi me virar e a abraçar.

Parece surreal a abraçar depois de tanto tanto tempo. Achei que iria fazer o contrário, mas realmente, acho que nunca vou parar de correr atrás dela, e quer saber?

Foda-se, ela é tudo para mim.

NOTAS DA AUTORA
Oi neness!
Então o que acharam da capa nova?

Gostaram desse capítulo?

Vejo vcs no próximo💕

•BEHIND THE CONTRACT•(BEAUANY) - EM REVISÃO!Where stories live. Discover now