Capítulo 31

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Todo mundo querendo me matar depois do ultimo capitulo heheheh

Mas, quando escrevi essa fanfic eu pensei em dar realidade a ela, a vida não é cem por cento um conto de fadas, todos os dias enfrentamos medos reais e na maioria das vezes não vemos ou nos colocamos no lugar dos outros. E eu queria que essa historia fosse isso, que o amor da Valentina fosse acima dos problemas da Juls. Porque as vezes precisamos que alguém seja luz na nossa vida, no meio de tanta escuridão.



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A caminhada fora a mais longa que eu já fizera. A estrada asfaltada, as ladeiras. Meus pensamentos voavam distantes de minha cabeça, mas meus pés tinham consciência da onde estavam indo. Talvez meu mundo tivesse acabado, acabado no momento que Val fora embora, era uma prova que eu não podia ser nada sem ela. Um suspiro não valia a pena, respirar parecia cada vez mais difícil e a dor que trazia junto ao peito intensificava cada vez mais a vontade de cair e não levantar mais. Levei as mãos a cabeça quase desesperada. O sol fraco atrás das nuvens pretas já começava a sair do céu. As gotas da chuva já não existiam. Encostei-me na parede mais próxima. A rua deserta. Suguei o ultimo vestígio da droga para extasiar-me, teria que conseguir mais custasse o que fora. Oh céus! Estava entregue novamente ao vício e sentia que a necessidade era mais intensa que antes. Inalei ar. Voltei a fazer meu caminho relembrando cada momento de tortura de minha vida. Quando alcancei a porta do Arriba percebi que nada ali mudara. Continuava como sempre esteve e chegar até ali era o mesmo que nunca ter saído. Empurrei a porta, não sabia se tinha coragem o suficiente para entrar, mas quando o fiz fora como voltar alguns meses atrás. Estava vazia, alguns detalhes haviam mudado, mas a essência continuava a mesma. Fiquei paralisada a alguns passos da porta tentando sorver aquilo.

— Não acha que vazio se torna mais propício?

A voz fria e calculista me atingiu como uma corrente de água fria. Mirei o homem que destruirá minha vida falando-me tão tranquilamente como se formássemos um elo. Lentamente ele se aproximou de mim e quando o espaço entre nos tornou-se nulo senti que ele me pegava em seus braços em um abraço.

— Senti sua falta Juliana! – falou em meu ouvido.

Sua respiração pegajosa bateu em minha nuca. Ele sorveu meu cheiro longamente dando-me mais nojo daquela proximidade.

— Espero que não cometa o mesmo erro novamente, não serei capaz de perdoá-la duas vezes!

Senti a repulsa ao ouvi-lo e meu corpo inteiro tencionar-se. Empurrei-o com força sendo obrigada a ver o sorriso prepotente em seu rosto. A raiva adquiriu minhas feições e não pensei duas vezes antes de despejar toda minha raiva para cima dele.

— Te odeio! TE ODEIO! – gritei a plenos pulmões – Perdi tudo que eu mais queria, estraguei minha vida por acreditar em você! – respirei fundo sentindo as lagrimas correram – Você vai me pagar por isso! – apontei o dedo – Eu juro! Nem que seja a ultima coisa que eu faça na vida!

— Palmas pelo pequeno show Juliana! – disse categoricamente batendo as palmas – Mas comigo isso não funciona! Aliás... – pausou para abrir um sorriso irônico – O que vai fazer, me matar como fez com Beltrán? – gargalhou.

— Eu faria tenha certeza disso! – ameacei.

— Não, não... – negou calmo estalando a língua. Deu-me as costas começando a andar pelo recinto – Você é covarde!

Mi Vida Sin TiOnde histórias criam vida. Descubra agora