Um

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Austin Letter

A vida tem várias formas de nos deixar extasiados.

Talvez devido a uma perda tão grande que nunca deixará você se manter novamente, ou talvez por algo tão bom que você nunca irá superar o tamanho de sua felicidade por isso.

A vida é surpreendente, o incrível é que vivemos em um padrão montanha-russa. Nunca é contínua, as surpresas e novidades estão sempre aparecendo e mudando tudo, nunca se acostumamos.

Em meio a tantas montanhas russas que eu passei em 23 anos de vida, eu não sabia expressar o que eu senti ao ver Henry Holloway parado bem ali.

Lá no fundo eu sempre soube, ele nunca esteve morto.

Mas minha mente sempre quis me pregar peças. Me colocando em situações onde eu não tinha escolha, pensar que ele estava morto era melhor do que acreditar que ele não se importava o bastante para vir atrás de mim.

Henry Holloway estava mais bonito do que nunca, e ele era alto. Eu já imaginava que ele seria, mas vê-lo pessoalmente, de pé, era algo completamente diferente.

Não pude evitar de deixar algumas lágrimas caírem, no momento que seus olhos se encontraram com os meus, meu mundo desabou.

Eu precisava falar com ele.

A luta havia acabado, ele estava descendo do ringue em sentido aos corredores de onde veio.

Eu seria estupida por ir lá, mas no momento minha cabeça não estava funcionando na mesma sintonia que o meu coração.

Pego minha câmera que eu havia derrubado no chão e solto um suspiro ao saber que ela não estava quebrada, então coloco ela em volta do meu pescoço.

Começo a correr em direção aos guardas e seguranças que estavam posicionados perto dos corredores, tento passar educadamente pelas milhares de pessoas que estavam na minha frente, mas não consigo sair dali sem receber inúmeros arranhões em meus braços.

Começa a arder e eu tento ignorar a dor para continuar a andar.

Isso me deixa irritada e me encoraja a atropelar elas mais rapidamente. Mas claramente sou impedida de continuar quando alcanço os seguranças.

— A senhora não tem permissão para entrar aqui. — um cara enorme segura meu braço machucado dos arranhões e me puxa para trás.

Tento me soltar de seu toque, mas ele permanece me segurando firmemente.

— Eu sou fotógrafa do evento, tenho permissão de fotografar o vencedor. — berro entre os sons altos do local.

Ele ri na minha cara.

—Não sou idiota, tem milhares de fãs aqui querendo vê-lo.

Olho confusa para ele.

— Fãs? — meu tom sai mais baixo do que deveria, como se eu estivesse perguntando mais pra mim mesma que para ele.

Ele revira os olhos e me empurra, voltando a sua formação séria.

— Dê o fora daqui garota. — diz o segurança enorme para mim furiosamente.

Olho para ele abismada, me sentindo totalmente humilhada.

Henry estava se aproximando, Ryan estava logo atrás dele.

As pessoas, ou melhor, as mulheres começaram a se jogar em cima dos seguranças e guardas gritando pelo seu nome.

Agora eu entendia o porquê deles terem me barrado.

RecontruídoWhere stories live. Discover now