Dezesseis

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Austin letter

Ouço um alto barulho soar e isso me acorda.

Assustada, percorro meus olhos pelo cômodo a minha volta e percebo que eu não estava em casa e muito menos em meu quarto.

Eu estava no quarto de Henry.

Tento me mexer mas sou impedida por braços firmes que me seguram fortemente.

Sinto um peito duro embaixo de mim e é aí que eu percebo que estava deitada no pescoço de Henry.

Não sei como conseguimos dormir depois de nossa noite agitada, muito menos sei como fomos parar nessa posição.

Eu estava totalmente em cima dele me aninhando em seu pescoço. Nossos corpos colados, meus peitos pressionando o seu enquanto sinto algo cutucar minha barriga duramente.

O barulho parece ficar mais alto, abro meus olhos e percebo que o som estava vindo do lado de fora da porta.

Poderia muito bem ser um ladrão.

Angustiada, eu cutuco ele.

—Henry, acorda. — continuo o balançando mas ele não parece ter se afetado com meu gesto.

—Me deixa dormir. — ele resmunga me puxando para o seu pescoço novamente.

Me debato em seus braços e saio de cima dele.

—Austin não... tava tão bom... — ele comenta ainda dormindo.

—Tem um ladrão na sala. — sussurro para ele.

Seus olhos despertam rapidamente e ele se ajeita na cama.

—O que, como assim?

Pego seu lençol e me cubro até a altura dos meus peitos.

—Ouça. — faço sinal pra ele ficar em silêncio e nós ouvimos mais barulhos e, consequentemente, a TV sendo ligada. —Deve ser Ryan, né?

Ele me olha receoso, retira o lençol de si e alcança uma cueca que estava em cima de sua cômoda.

Logo depois ele me joga uma camiseta que estava ali.

—Ryan pegou o avião para a Itália de manhã. Não tem como ser ele. — ele diz caminhando cautelosamente até a porta.

Nervosismo se passa por mim.

Visto sua camiseta e pulo da cama o seguindo.

Eu estou atrás dele, ele se vira antes que possa alcançar a maçaneta e acaba pisando no meu pé.

—Ah...— ele leva seu braço até minha boca me impedindo de gritar.

—Desculpa linda, não foi por querer. — ele me abraça e beija o topo da minha cabeça.

Ele se abaixa pra ficar na minha altura e sussurra para mim.

—Eu vou na frente, você fica atrás de mim, qualquer coisa corre para o quarto e se tranque. Ligue pra a recepção e diga que há alguém aqui. —seus olhos azuis me perfuram e eu assinto com a cabeça.

Henry abre a porta e sai indo primeiro e eu vou logo atrás dele. Mas seus passos travam quando chegamos perto da sala.

As luzes estavam acessas e a porta da frente estava aberta.

Ele se vira para mim.

—Pensando bem nós devíamos deixar eles roubarem e ficarmos no quarto dormindo, seria uma ótima ideia. — ele comenta vindo em minha direção.

Seu olhar pousa em mim com um brilho diferente.

— Aliás, você deveria usar mais vezes minha camiseta, fica melhor em você do que em mim.— ele diz sussurrando com um sorriso no rosto.

RecontruídoWhere stories live. Discover now