Enquanto houverem estrelas: Capítulo 12.

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    Na manhã seguinte Porpentina foi acordada pelo toque suave das mãos de Newt em seus cabelos, ela esfregou levemente os olhos e observou o acobreado que havia lhe trago café na cama, ele deu uma xícara de um café bem forte á ela seguido de um beijo afetuoso na testa.
Ela sorriu, assoprando o conteúdo da xícara e bebericou um pouco, Newt esperava por sua reação, ela pareceu bem satisfeita com o sabor, sua expressão não foi o suficiente para saber o que ela achou realmente
- Esse foi meu primeiro café - Newt esfregou a própria nuca - Que tal?

- Está bem melhor que o meu - Tina sorriu genuinamente - Você é um americano melhor que eu!

- O próximo passo é aprender os tais cachorros-quentes que você adora - Newt tentou soar o mais bem humorado possível, talvez a contagiasse um pouco mais, falar em comida era bem menos delicado no momento, seria melhor algo que não causasse estresse e lhes trouxesse algumas risadas.

- Se eu tentasse queimaria, acho que café é a única coisa que não consigo queimar - Ela riu, colocando a xícara na bandeja e pegando um biscoitinho também feito por Newt - Você é demais, sabia?

Newt deu um sorrisinho bobo enquanto observava a mulher mais linda que ele já tinha visto, sua mulher, seu sorriso só se tornou mais radiante com o pensamento, era incrível o quanto ele amava aquela Auror brigona e determinada.
- Sabe o que aconteceu outro dia no Ministério? - Começou Newt.

- O que? - Ela continuou comendo seu biscoitinho.

- Quando fui buscar você para almoçarmos, uma novata do meu departamento, Jane, viu que eu desceria no andar dos Aurores e me avisou para ter cuidado para não ser interrogado sem motivo. - Ele deu de ombros e pegou um dos biscoitos também - Parece que os Aurores não tem uma boa fama nos outros departamentos...

- Ela estava flertando com você, não percebeu? - Tina cruzou os braços, fingindo um incômodo por isso, entretanto, internamente ela estava sim com um pouquinho de ciúmes.

- Isso não importa pra mim, imagina quando ela descobrir que a mulher da minha vida é uma Auror? Acho que evitará até me dar bom dia - Ele riu, Aurores sempre eram vistos como pessoas nem um pouco dóceis ou amorosas no departamento de Newt, mesmo ele sabendo que aquilo era totalmente mentira, já que nunca tiverá conhecido alguém tão doce e intensa como sua Tina.

- E você se importaria? - Ela o encarou, questionadora. - Oh me desculpe, acho que faço jus á fama, pelo visto...

- Eu não ligo, me apaixonei até pelos interrogatórios, e não, não me importaria. - Ele se aproximou dela, que não estava muito longe e a puxou pela cintura, Tina tomou quase um pequeno susto com a atitude, seus olhos encontraram os dele e ambos sorriam um pro outro. - Levei um Thunderbird para América e acabei encontrando um pra mim, bravo e destemido, belo, forte, doce e intenso. Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida, eu sei que você já sabe, mas estou te lembrando, Enquanto houver estrelas no céu, eu sempre te amarei, e mesmo quando não houver mais, serei seu. - O olhar de Tina brilhou com sua declaração repentina, sentia seu coração bater mais forte agora.

- E eu sei que continuarei te amando, todo dia, por toda a minha vida, eu sempre serei sua, sabes que durmo todos os dias pensando em você, e inebriada pelo seu cheiro que amo, acalentada pelo seu abraço, e acordo te procurando tateando pela cama, você sempre levanta primeiro que eu. - Ela disse, dando-lhe um sorriso carinhoso ao final, Newt passou os dedos pelos cabelos de Tina, levou uma pequena mecha rebelde para trás de sua orelha, esse foi o primeiro jeito de demonstrar seu afeto que encontrou quando se conheceram, agora ele tinha muitos outros jeitos, entretanto, esse ainda lhe era especial.

- Não devia trabalhar hoje, podíamos passar o dia na maleta, croissants, chá gelado e a grama sob nossos pés. Não parece relaxante? - Ele aproximou os lábios dos dela, tocando-os levemente, tornando a proposta ainda mais tentadora, passar o dia com Newt na calmaria da maleta seria perfeito para ela, seria ótimo se desligar um pouco de tudo que lembrasse seu acontecido.

- Eu queria... - Gaguejou levemente ao ver a expressão leve de Newt se contrair em decepção - Sério...eu queria, mas, preciso cuidar da papelada de fechamento de um caso no Ministério e...ir á Hogwarts. - Ela desviou o olhar do dele pela situação desconcertante em citar Hogwarts, ela ainda assim ajudaria Dumbledore, mesmo não estando tão apta agora.

- Tina...não deveria voltar á fazer isso, não acha que você está precisando cuidar de você um pouco?

- É mas...prometi. - Retrucou, firme como sempre foi.

- Não gosto da idéia, mas sei que você é capaz de se defender sozinha. Se é a sua escolha, tudo bem. - Não, Newt não gostava nadinha disso mesmo, temia que Tina se metesse em perigo desnecessário e ainda estava chateado por Dumbledore concordar em manter segredo, mas sempre forá compreensivo, e não era porquê estava bravo que isto mudaria. - Mas preciso que me prometa, que caso fique perigoso demais, não hesitará em pedir ajuda, seja para mim ou para o Ministério. Promete?

- Eu prometo. - Tina segurou o mindinho de Newt com o seu, fazendo uma promessa oficial, depois passou as mãos desajeitadamente pelos cabelos bagunçados, estava cada vez maior e ás vezes atrapalhava um pouquinho.

   Newt observava Tina se consertar quase que enfeitiçado, ele não tinha um pressentimento muito bom nas últimas semanas e aquilo ainda o preocupava apesar de tudo, olhar para ela geralmente o acalmava, mas agora ele não parava de pensar se seria a última vez.
   Um barulho repentino de vidro sendo estilhaçado seguido de um grito agudo e infantil fez com que ambos olhassem em direção à porta do quarto deles, era cedo, mas Ártemis podia ter acordado e sem querer ter deixado um copo cair ou algo assim. Tina levantou mesmo assim, sua filha não era barulhenta e raramente desastrada, preocupada, dirigiu-se á cozinha e lá, teve uma visão incomum, Newt estava logo atrás.
  Tudo estava quebrado, pratos, xícaras e algumas portas do armário e até a janela, Ártemis estava parada no cantinho, na ponta dos pés, o canto onde ela estava era o único lugar sem cacos de vidro e caso ela desse um passo, se cortaria facilmente.

- Querida, o que houve aqui? - Tina perguntou calmamente, a pequena ruivinha parecia assustada e em estado de choque, a morena colocou um calçado para evitar se machucar e se aproximou da menina, a pegando no colo e levando-a para a sala, onde tudo estava intacto, a colocando no sofá.

- Eu cheguei lá e tudo quebrou, de repente, e eu tomei um susto. - Ártemis observou seu pai e sua mãe que permaneciam quietos, e se entreolhavam de um jeito que ela não podia decifrar, nesses momentos, ela adoraria ser legilimente como sua Tia Queenie.

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⏰ Last updated: Nov 08, 2019 ⏰

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Na ponta dos pés | AFEOH [Newtina]Where stories live. Discover now