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Terminei de descer os últimos degraus e percebi que estava recebendo muitos olhares

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Terminei de descer os últimos degraus e percebi que estava recebendo muitos olhares. Agradeci os elogios repetitivos de Max e Cindy, assim como os da chef Evelyn. A governanta Rose nada disse, mas pelo seu sorriso percebi que aprovava minha aparência. Virei-me na direção do meu falso namorado e aguardei que o mesmo se aproximasse. Assim o fez, estendendo o braço para que eu pagasse. Aceitei, pois serviria como um bom apoio para não cair do salto. E, para minha surpresa, eu não tinha ficado mais alta que Sebastian Johnson. Na verdade, os sapatos de salto fizeram com que ficássemos cara a cara. Eu não tinha reparado sobre o quão alto ele era, pensei.

— Agora eu e a minha namorada temos que ir, pois não podemos chegar atrasados. Com licença — disse ele, ainda com os olhos pregados em meu rosto. Sabia que ele estava sendo irônico ao referir a mim como sua namorada, mas mesmo assim não me abalei.

Partimos em direção ao elevador, que já estava nos aguardando, e adentramos. No instante que as portas fecharam retirei minhas mãos de seu braço que usava como apoio. Seus olhos verdes acompanharam meu movimento com diversão, sabendo o quanto eu o repudiava.

— Você está surpreendente, srta. Fontoura — comentou, cheio de petulância. Revirei os olhos para seu comentário.

— Não preciso de seus elogios, sr. Johnson — contra ataquei, desviando o olhar de seu rosto insolente.

— Não quero ser o único excluído por não lhe conceder elogios. — Lancei um olhar de ódio fervente em sua direção, mas ele estava sério. Meu olhar de ódio se transformou em confusão e depois surpresa quando disse: — Você realmente está muito bonita essa noite.

Engoli em seco ao ouvir seu elogio. Ele estava falando sério?

— Devo admitir que o trabalho do senhor Max Vasselot é realmente bom. Ele fez milagres com a senhorita. — Argh, eu devia imaginar que ele não falaria somente aquilo.

— É uma pena que não posso dizer o mesmo de você — rebati, na defensiva. Contudo, apenas consegui fazê-lo rir.

— Admita, srta. Fontoura, você não vê muitos homens bonitos como eu. — Revirei os olhos mais uma vez, deixando explícito sobre o quão ridículo tinha achado seu comentário.

— Homens ridículos como você? Não vejo mesmo. Na verdade, os homens que eu conheço além de serem muito bonitos, são gentis, cavalheiros e divertidos. Coisa que você não é. — Fiquei satisfeita quando seu olhar se tornou aborrecido. Tinha o atingido em cheio mais uma vez!

— A senhorita deve se lembrar que essa é a maneira que não deve agir comigo, ainda mais quando tem uma dívida grande...

— Já entendi! — retruquei. — Não se preocupe, vou ser a namorada perfeita... Boazinha e que irá te obedecer, até irmos embora daquele evento.

Ele semicerrou os olhos, ainda em dúvida sobre minhas atitudes, mas eu não tinha meios de fugir dele. Eu realmente estava na palma da sua mão.

As portas do elevador se abriram quando chegamos ao último andar, o estacionamento. Segui sozinha, sem o apoio do meu falso namorado, até o carro em que o motorista nos aguardava. O mesmo abriu a porta para mim, permitindo minha passagem. Acomodei-me no banco do passageiro, ajeitando o vestido, e assim a porta se fechou. Sebastian Johnson ocupou o lugar ao meu lado e partimos.

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