Capítulo 2

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Saímos de casa mais ou menos entre as dez e meia da manhã, eu simplesmente não conseguia desfazer o sorriso que havia se formado em meus lábios assim que pisamos na plataforma 9 3/4

- Não fique tão felizinha pirralha - Sussurrou Gael em meu ouvido - O que acha que vai acontecer com você caso não vá para a Sonserina?

O arrepio que correu pela minha espinha foi horripilante, Gael estava certo se eu não fosse para a Sonserina minha vida ficaria pior que o mais profundo dos infernos, e eu tinha certeza que jamais seria mandada para a Sonserina, não possuo nenhum dos requisitos da casa das cobras. O sorriso em meu rosto desapareceu deixando espaço para minha expressão preocupada, Gael saiu do meu lado com um sorriso vitorioso e arrogante.

- Vou colocar seu malão no lugar

Disse meu pai que logo em seguida saiu carregando meus malões, um em cada mão, mas antes de sair percebi o olhar significativo e mandão que lançou na direção de minha mãe.

- Filha

Disse de forma doce e severa, esse tom de voz era certamente preocupante

- Queremos que você fique longe desses......

Disse olhando de relance para algumas famílias que se despediam de seus filhos

- Traidores de sangue e nascidos trouxa?

Pergunto arqueando minha sobrancelha

- Sim, não queremos que você fique igual ao inútil do Ângelo

Disse Gael com total nojo de dizer o nome do irmão mais velho

- Ângelo é uma desonra para essa família, um completo imprestável

Disse meu pai parando novamente ao lado de minha mãe. Nunca senti meu sangue ferve tanto, odiava quando falam de Ângelo desse jeito, como se ele fosse a bactéria mais repugnante existente

- Ângelo não é um inútil e nem imprestável!

Disse raivosa. Gael me olhava com os olhos levemente arregalados, minha mãe me olhava da mesma forma. Por mais que não gostasse que falassem assim de Ângelo eu não deveria ter dito nada, meu pai se aproximou de mim e segurou firmemente meu pulso direito

- Não me responda! Se eu ouvir você dizer mais algo sobre esse traidor eu a tranco em seu quarto e só saíra de lá no dia de seu casamento!

Sussurrou de forma ameaçadora e por fim soltou meu pulso. Meu pulso havia ficado vermelho pela força exagerada a qual meu pai o apertou, eu apenas assenti um pouco assustada com sua reação.

- Agora que já estamos conversados, pode se retira

Disse assim que o apito da locomotiva soou. Pronunciei um 'até logo' baixo e me juntei a pequena multidão de alunos que adentravam a locomotiva vermelha e preta que nos levaria a Hogwarts.

ERA MAROTAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora