Capítulo 20

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Sua cabeça ainda girava, mas ela tinha que fugir, se ela continuasse ela ela não tinha certeza se sairia viva daquele quarto. August continuava a cuspir as palavras, sob o quanto sentia nojo de Louise, o quanto ela era uma desonra e um peso morto para seus ombros. Louise aproveitou que August deu as costas para ela e se levantou, arrancando forças de algum lugar, ela correu para a escrivaninha e pegou sua varinha, mas antes mesmo que pudesse se virar ela ouviu seu pai gritar

- CRUCIUS

Sua cabeça antes estava doendo agora parecia que ia rachar, os ossos do seus corpo pareciam estar pegando fogo, a dor era tão intensa que Louise não conseguiu não gritar, seus gritos de dor ecoavam pelo quarto e suas lagrimas corriam pelo rosto, mas apesar de tudo ela não largou a varinha mesmo depois de cair no chão se contorcendo de dor. Finalmente o feitiço foi desfeito, mas seu corpo ainda doía e doía muito.

O coração de Louise também doía, mas não era dor física, saber que seu próprio pai não se importava com ela ao ponto de lhe lançar uma maldição imperdoável era doloroso em todos os sentidos, ela sabia que sua mãe estava em casa e escutava seus gritos de agonia e mesmo assim não movia um músculo para ajuda-la, saber que seus pais não se importavam com ela doía tanto mais tanto. Ângelo não estava ali para ajuda-la e nem Gael que havia saído um pouco antes da conversa com seu pai se iniciar, naquele momento ela estava sozinha, acho que sempre esteve.

Seus ossos começaram a queimar novamente, sua cabeça doía cinco vezes mais, seu pai a torturava com Cruciatus novamente, quando parou novamente August se sentou sob a cama de Louise e começou a tagarelar novamente, mas Louise não conseguia entender o que ele dizia, ela novamente juntou a pouca força que restava de si e se levantou, dessa vez não perdeu tempo e correu para a porta, ela saiu daquele quarto correndo com a varinha em mãos, sua visão ainda estava turva e sua cabeça ainda girava, mas ela tinha que tentar.

- Você quer brincar? Então eu brinco com você querida filha tola

Disse August assim que Louise saiu pela porta do quarto. Ela começou a correr pelos corredores, ela não sabia identificar direito onde estava, mas continuo a correr em buscar de uma saída, ela conseguia escutar os passos de August atrás de si, mas o barulho da chuva mais a dor em sua cabeça não a ajudavam muito. Ela abriu mais uma porta, já tinha perdido as contas de quantas portas tinha aberto

- Eu estou ficando entediado, Louise

Exclamou August. Louise abriu a enorme porta e logo sentiu os respingos de chuva caindo sobre si, ela havia achado a saída mas não havia tempo para comemorar, ela voltou a correr de modo atrapalhado caindo algumas vezes pelo caminho, a saída dos terrenos do casaram Fawley estava próximo, foi quando ela sentiu algo puxar seu pé e ela cair novamente sob o gramado molhado, ela havia batido a testa e isso não era bom, ela estava ficando inconsciente, ela seria pegar por seu pai e levada de volta para aquela casa, mas resistir era inútil, seus cérebros e músculos estavam desgastados por causa da maldição cruciatus a qual foi exposta duas vezes

Ela achava que tudo tinha acabado, que aquele era seu fim, mas estava enganada. Louise sentiu duas mãos grandes sobre sua cintura e logo depois se jogada sobre o ombro de alguém.

- Me desculpe pela demora...

Aquela voz era tão famíliar

- Eu vou te tirar daqui, não se preocupe

Não, não poderia ser ele...poderia?

ERA MAROTAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora