Capítulo 6

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Já fazem alguns dias que não vejo Lily. Sinceramente, estou entrando em abstinência sem aquele sorriso. Hoje iremos nos encontrar no bar ao lado do teatro.

— A mulher mais bonita da noite acaba de chegar. — Lily no microfone do local.

— Não acredito que você está fazendo isso... — Meu rosto ficou vermelho

— Não posso dizer o quão minha amiga é linda?

Tudo está acontecendo um pouco rápido. Geralmente nos meus relacionamentos evito ao máximo me envolver. Mas dessa vez é diferente. Quando o assunto é Lily, tudo muda.

— Quem roubou a cena foi você. Não só a cena como também, meu coração. — Ela observou.

Ela desce do palco e me leva ao bar.

— Você não bebe bebida alcoólica, por que estamos aqui? — Lily pergunta.

— Estou afim de experimentar novos sabores.

— Vamos pedir tequila. Moço, duas tequilas, por gentileza. — Ela pede ao atendente.

O rapaz coloca as bebidas na mesa.

— Te desafio a beber todo esse copo de uma vez só! — Desafio Lily

— Só se for agora! Mas você também vai. — Bebemos rapidamente. Aquela bebida desceu ardendo na minha garganta.

— Caramba, olha isso — Ponho minha mão em em seu peito. — Já aconteceu de uma música significar tanto que você sente algo dentro de você? — Coloco minha mão direita em seu coração — Bom, eu não sou a única. Seu coração está a mil.

— Vamos embora. — Lily sai disparadamente

— Mas e a conta? Não vamos pagar?

—  A intenção é essa. Corra!

Saímos correndo do bar. Corremos por vários minutos em direção a lugar algum.

— Bem... Para onde vamos?

— Deixe-me ver... Estamos em uma bom vizinhança. As casas tem piscina e tudo mais. Consegue imaginar?

— Está bem, vamos entrar.

— O que? — Me espanto

Ela entra em uma das casas. Minha única opção é segui-la.

— Garota!

— Está com medo? Venha querida.

Estava escuro, mal dava para enxergar. A porta da piscina estava entreaberta, então aproveitamos a brecha para entrar.

— Merda, isso é maravilhoso.

— Totalmente.

— Devemos entrar? — Ela tira sua blusa — Claro.

Ela olha para piscina e para.

— O que é? Está desistindo? Você está com medo da água ou o quê?

— Não, mas talvez esteja um pouco fria.

Ela me empurra para dentro da piscina

— Está congelando!

— Exagerada.

— Lily, puta que pariu, está congelada! Vem, ajude-me a subir.

— Vou ajudá-la a subir.

Puxo ela para dentro da piscina. Ela fica 15 segundos de baixo d'água sem sair.

— Te assustei?

— Muito garota. Pensei que tinha se afogado.

— Consigo ficar sem respirar por muito tempo...

— Sim, claro, tipo uns 20 segundos.

— Acha que sou quem? Consigo segurar por muito mais. Está me desafiando?

— Se quiser aceitar como um desafio...

— Está bem então. A última que sair vence.

Contamos até três e mergulhamos de cabeça à baixo. Seus olhos estavam abertos e sua boca fechada para não ter acesso a água. Ela se aproximou e me roubou um selinho, fazendo com que eu suba ali mesmo.

— Viu? Eu ganhei.

— Não, não ganhou. Isso é trapaça!

— Estou boazinha hoje. Vamos uma revanche?

— Ok.

Mergulhamos novamente contando até três. Dessa vez, eu me aproximei e roubei um beijo. Subimos para superfície e nos beijamos.

— Viu? Agora você perdeu.

— Me beije, garota, e me enlouqueça.

Estava rolando todo um clima naquele momento. Porém, fomos interrompidas por alguém que eu acharia que fosse o dono da casa.

— Quem são vocês, e o que estão fazendo aqui? —  Um homem de aproximadamente 46 anos pergunta.

— Perdão, já estamos indo embora. Sério, desculpa mesmo! — Peço desculpas

— Em 25 segundos quero as duas fora daqui. Ou chamo a polícia...

Saímos e fomos a caminho da minha casa.

— Eu senti muito sua falta. Talvez esteja mesmo rolando algo entre nós. Se estiver afim, podemos tentar algo a mais.

— O que você tem em mente?

— Não, não vou dizer. Irei deixar por conta da sua imaginação. — Um sorriso escorregou — Quando você sentir-se pronta, quando a ficha cair, podemos ser muito mais além de amigas.

— Namoradas?

— Sim. Apenas quando sentir-se pronta.

Por ela sou capaz de esperar dias, meses ou anos.

— É preciso pensar mais sobre... Boa noite. Até logo.

— Boa noite, querida.




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