Capítulo 13

199 29 0
                                    

Sr. Robert é um desgraçado, e eu estou muito feliz por sua prisão. Sem ele no comando, sem eu trabalhando. Essa é parte mais chata de todas. É certo que a diretoria irá mandar alguém para ocupar o cargo brevemente.

Hoje estou responsável pela limpeza. Afinal, preciso de alguma forma ganhar dinheiro.

- Quem é você? - uma mulher por volta dos 27 anos de idade, com cabelos da cor de fogo e olhos esverdeados pergunta.

- Eu trabalho aqui - forcei um sorriso no rosto - E quem seria você? - pergunto um tanto curiosa e surpresa com a beleza tentadora da ruiva.

- Sua nova chefe. - Ela revira seus olhos - Não sou meu pai, não tolero atrasos.

- Filha? Sr. Robert nunca mencionou nada.- fico sem expressão no rosto devido á surpresa.

- E sem mais perguntas. Por favor, a recepção. Há muita coisa para fazer aqui. - Ela dá um sorriso forçado.

- Com licença.

Parece que a arrogância é de família.

- Senhorita... Como se chama mesmo? - Ela pergunta com seu pescoço erguido na porta.

- Catalina.

- Catalina, tenho alguns assuntos pendentes para resolver do meu pai. Poderia me ajudar?

- A seu dispor, Senhora.

- Por favor, Senhora não, Verônica.

Fui em direção a sua sala e me sentei frente à frente.

- Robert... Ele já tentou fazer alguma coisa com você?

- Como assim?

- Ela já tentou assediar você alguma vez?

- Para ser sincera... Sim.

- Peço desculpas por ele. Robert é o tipo de cara que não consegue controlar seus impulsos.

- Não precisa, Senhora.

- O que acabei de dizer? - Ela me fita.

- Pode ficar despreocupada, Verônica.

•••

Estávamos resolvendo a documentação do local e o salário dos funcionários. Horas trabalhando naquilo e não percebemos a noite chegar.

- Poxa! - Ela exclamou - Já são 20h00m da noite, não vai me denunciar por trabalho escravo, não é? - Ela ri ironicamente.

- Ainda temos muito no que trabalhar. De qualquer forma, estamos presas aqui. Está chovendo lá fora.

- Se vamos ficar aqui, devemos ao menos pedir comida?

- Comida japonesa não, por favor! - peço

- Sem comida japonesa então.

Verônica pediu a comida pelo celular. A mesma chegou um tempo depois.

- Está delicioso esse macarrão. -
digo enquanto degusto daquele macarrão com molho branco saboroso.

- Sim, muito delicioso.

Terminei de olhar toda a papelada e fui para casa.

- Onde você estava, e por que demorou tanto? - Lily pergunta furiosa.

- Estava no trabalho.

- No trabalho? Achava que seu chefe estava em suspensão. - Ela me lança um olhar desconfiado.

- É, ele está suspenso, sua filha está no comando por ele.

- Filha?

- Tive a mesma reação quando a conheci.

- Eu saí mais cedo do trabalho e pensei em fazer uma surpresa para você. Cheguei aqui e Valentina disse que não estava. Me preocupei por ter passado das 20h e você não ter chegado.

- Olha Lily, desculpa por me atrasar. Tinha tanta coisa para resolver que acabei me atrasando.

- Próxima vez atende minhas ligações?

- Eu não costumo utilizar o celular no trabalho, amor. Na próxima vez tiro do silencioso.

Chamei um táxi e pedi pra levá-la para casa. Peguei meu netbook e entrei no meu e-mail. Havia muitas mensagens, mas somente uma me interessou. Um cara fazendo um mutirão para "Meu Querido Anjo" ter uma nova continuação. Eu amei ter feito parte dessa peça. Todos os meus colegas de equipe, incluindo Lily, foram importantes nessa trajetória.

Estava sentada na penteadeira quando Valentina abre a porta.

- Tem uma moça lá em baixo te procurando, não disse muita coisa.

Já tinha passado de meia noite, então temi que fosse algo ruim.

- Já estou descendo, só vou pôr meu roupão.

Coloquei meu roupão e desci. Hoje o clima está chuvoso.

- Verônica, o que está fazendo na minha casa?

- Perdão pelo incômodo, mas estou um pouco deslocada nessa cidade. Robert disse que posso contar com sua ajuda sempre.

Ah, esse Robert....

- Sim. - sorrio friamente - Do que precisa?

- Um local para dormir.

- Eu posso ajudá-la a encontrar alguma pousada aqui perto.

- Você não entendeu, eu já olhei em todos os lugares possíveis e não encontrei nenhum vazio. Estamos na época das festividades.

Pelo menos esse sofá terá alguma utilidade. Deixar uma completa estranha dormir na minha casa... Não sei se é uma boa ideia.

- Por favor, entre. Está chovendo muito

- Obrigada.

Ela entrou e sentou-se na mesa. Fui atrás de Valentina em seu quarto.

- Quem era aquela moça muito bem vestida?

- Minha chefe. Pois é, minha chefe. Ela está procurando um lugar para dormir e se ofereceu para ficar aqui. Você acha que é uma boa ideia?

- Ela paga seu salário. Não vejo problema, a não ser que ela seja uma maníaca que vá matar você enquanto dorme. - Ela ri

- Tem razão, não tem nenhum problema.

Volto para sala de estar.

- Você pode dormir no sofá, felizmente não moro em um hotel 5 estrelas.

- Mesmo assim, obrigada. Não tive tempo para fazer reserva em um hotel mais cedo.

Entrego travesseiros e cobertas para ela.

- Se precisar de alguma coisa, não hesite em chamar. Boa noite.

- Boa noite.

Verônica parece ser uma boa pessoa e espero que ela dirija melhor aquele local. O dia foi longo, irei descansar.

Angel in Sight Where stories live. Discover now