6. Saga do Feijão

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(NOTAS): EAE CARAIO! Quem é vivo sempre aparece né, porra? Enfim, SÓ QUERIA AGRADECER MUITO PELOS QUASE 20K DE VIEW AAAAAAAAAAAAAAA CÊS SÃO FODA MANÉ, obrigada mesmo, gente!!!

Ah, e esse capítulo na verdade foi dividido em dois. Postei a primeira parte agora, mas ainda to finalizando a outra. Não vai passar de janeiro, então esperem uma outra att logo logo pq eu já tô com a parada praticamente pronta, só preciso finalizar e arrumar algumas coisas. Até o final de janeiro já postei mais um <3

#NhumNhum

***

Eu cozinhava que nem meu cu.

E, honestamente, quem é que ainda tinha a pachorra de esperar qualquer virtude culinária de alguém que — fantástica e estupendamente — conseguia ser responsável pela façanha de queimar miojo instantâneo e bolo de caneca? Aliás, perceber a mim mesmo como detentor do talento de cagar algo tão simples era de cair o boga da bunda. Puts, dá vontade, né, MasterChef? Artimanhas altamente avançadas para a queima de comidas vocês só encontram aqui.

Mas na boa, galera, que eu era um bosta na cozinha, todo mundo sabia. Honestamente? Um imenso foda-se, porque graças ao bom Deus inventaram o iFood, e com isso, eu podia relaxar a consciência e não me sentir um completo saco de bosta pelas pérolas que já tinha soltado na cozinha, tais como tacar açúcar na batata frita ou botar alumínio dentro do micro-ondas — e tenho fé que um dia mamãe me perdoará por quase explodir a cozinha dela. Foi mal, coroa.

Em suma, percebe-se a ausência de novidades, até então. Eu meio que sempre soube que cozinhava mal e, inclusive, já estava muito bem habituado com aquele fardo de torra-miojo — grato pelo apelido, Yoongi — que carregava desde que me entendia por gente. Ainda assim, isso não era um incômodo, pois contanto que não precisasse ficar por muito tempo sem dinheiro, esse pequeno detalhe nunca foi um problema, levando em conta o fato de que Hoseok, mamãe e papai eram sábios guardiões que generosamente se dispunham a me alimentar.

É, porém, um tanto quanto necessário frisar a ideia de que, numa perspectiva geral, sempre tive alguém que sabia cozinhar ao meu lado, portanto, tomava como irrelevante o fato de que não sabia sequer fritar um ovo sem furar a panela; ou seja — em dizeres mais claros — minha incompetência na cozinha não se apresentava como um empecilho significativo justamente porque, na maioria das vezes, havia próximo a mim quem soubesse fazer ao menos o básico. Seguindo essa mesma lógica e partindo do consenso de que havia zero chance de sobrevivência da minha parte se não existissem anjos de Deus para me alimentar — grato, Hoseok —, meu objetivo aqui é que vocês cheguem a um questionamento específico que vai me ajudar muito a explicar o desenrolar dos eventos a seguir. "Tá, mas que porra de questionamento, Jimin?" — isso era para ser vocês me perguntando, pressupondo que eu não estou interagindo com o vento e que vocês estejam dando alguma foda para o que eu digo —, na verdade, é um tanto quanto simples; depois de todo o lance sobre depender dos outros para comer de forma digna, o questionamento em pauta é puramente:

"Ih, molecote, mas e se não tiver ninguém que saiba cozinhar por perto?"

Aí é que tá, colega.

Esse é o momento em que você encara a tela com indignação e espera pela frase na qual eu deveria responder e explicar detalhadamente o que seria necessário fazer nas condições estabelecidas pela pergunta; mas você, jovem pimpão, não conta — ou talvez conte, é uma possibilidade — com o fato de que o questionamento foi feito justamente porque eu não fazia a menor ideia de como respondê-lo — até hoje não faço, na real. "Tá, mas por que esse suspense todo em relação à resposta?", porque eu curto um mistério, só isso. No fim, a conclusão é que a anta aqui não tinha pensado na possibilidade de não ter quem cozinhasse bem por perto, e foi exatamente por não pensar sobre essa maldita possibilidade que meus neurônios deficitários resolveram botar alguma espécie de fé — muito questionável, aliás — na pessoa mais próxima a mim naquele momento.

NÃO CONFIE NELE  • jjk + pjmOnde as histórias ganham vida. Descobre agora