Regra 15 (Maddie)

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Empunhei minha espada. Minha barriga pediu por comida, sai a caça, não vou depender desses homens.

Avistei um coelho.

—Eu sinto muito.

X

—Onde estava? –Perguntou Nate.

Mostrei-o o coelho.

Nós cuidamos da comida.

—Quando eu e a meninas caçavamos ninguém passava fome, vocês são um bando de preguiçosos, os quais adiaram a nossa revolução por três dias. Estou achando que é papo furado e todos querem morrer.

Guardei minha espada.

—Maddie, vamos cozinhar o coelho. –Cassie me puxou para um canto e olhou ao nosso redor, ninguém —Nate confundiu o próprio número repetidas vezes, primeiro disse ser o número 4, depois era o 6, e agora afirmou ser o 7.

—Ou ele tem perda de memória recente, ou está mentindo.

—Não é o caso de perda de memória, ele me lembra o tempo inteiro de levar água fresca a ele.

Revirei os olhos.

—O desgraçado está nos enganando.

Jules passou por nós.

—Ei. –Sussurei. Por ficarmos muito perto de onde Nate estava tínhamos que sussurar.

Ela não ouviu.

—Jules. –Falei um pouco mais alto.

Ela me olhou e veio para nosso canto. Contei do ocorrido, ela ameaçou pegar minha espada, eu concordei, Cassie nos parou, "era loucura", nós discordamos.

Rue andou calmamente por nós.

—Rue.

Nada.

—Rue. –Repetiu Cassie.

—Ó VIADA. –Gritei.

Ela nos olhou e fez um paz e amor. Isso atraiu a atenção de Nate.

—Estão se reunindo sem nós?

—Não somos cordas para termos nós.

Eu ri baixo.

—Do que falam?

Entrei em pânico.

—Elas me aconselharam.

—Sobre?

—Como chegar na Rue. –Disse Jules envergonhada.

—O quê? –Disse Rue.

Jules a beijou, foi rápido demais para algum de nós contestar. Nate se afastou desconfortável com a situação.

—Nós vamos nos afastar, continuem garotas. –Disse eu.

Eu e Cassie sentamos encarando uma árvore coberta de musgos.

—Sinto falta da Kat. Não só do sexo, que faz muito, muito, muito tempo que a gente não transava, mas sinto falta dela.

Eu a olhei, ela me olhava preocupada.

—O que foi? Vai me dizer que sou uma tarada?

—Você fala como se ela não tivesse morrido.

Eu olhei para baixo.

—Eu tenho momentos nos quais esqueço e penso que ela foi para longe, mas logo volta, volta para mim.

Ela tocou no meu ombro.

—Lexie deve ter ido com ela.

Eu a olhei, meus olhos sorriram.

—Ela está demorando para voltar dessa vez.

—Eu sei.

Parece doentio, mas assim sofro menos, apenas uma distante viagem, elas logo voltarão, não é? Em pouco instantes, estávamos chorando.

—Elas morreram.

—Eu sei.

Ouvi um tiro. Meu corpo estremeceu, olhei para Cassie, seus olhos marejados espantados.

Fomos em direção ao disparo. Eu empunhando minha espada e Cassie com sua pistola.

—Nate? –Sussurei.

—Capangas do Nate?

Eles apareceram pedindo silêncio, todos armados. Rue e Jules estavam na barraca desarmadas. Tentamos ser silenciosos, não queríamos chamar atenção.

—Quem tá aí? –Disse um dos capangas em bom som.

Minha vontade era bater na minha cara, porém era difícil. Eu o encarei zangada, ele parecia não entender, apontei pra minha espada.

—Ora, ora, ora, vocês se juntaram?

—Sua filha da puta.

A Guia que levou Kat, eu reconheço esses cabelos loiros e esses peitos em qualquer lugar.

—O que você quer sua desgraçada?

Ela me olhou.

—Ia perguntar se você quer sua namorada de volta.

Todos olharam para mim aflitos.

—Um, você dá em cima dela, Dois, a leva pra longe, Três, não a ajuda. E agora quer me enganar? De novo? De novo?

Cassie e Jules ficaram ao meu lado tentando me acalmar.

—Ela está viva Maddie, queira você ou não.

—Óbvio que eu quero. –Respirei rapidamente. —Sabe o que mais eu quero? Sair daqui, que essa merda acabe, talvez eu comece por você.

—Maddie.

Eu caminhei em direção à loira, ela foi levantando a cabeça e ajustando sua postura.

—Um duelo?

—Eu não diria que é um duelo.

Eu retirei a faca do bolso da minha jaqueta e enfiei em sua costela. As aulas de anatomia serviram para algo.

—Como a gente sai daqui?

Ela foi se encolhendo pela dor, a faca não estava profunda o suficiente para matá-la, mas ainda causava dor aguda.

—Você não me ouviu querida? Quer que eu repita?

Ela me encarava atônita.

—Como a gente sai dessa merda?

Eu lambi meus lábios.

—Então vai ser do jeito difícil?

Retirei a espada da minha fivela de couro das costas e mirei em sua direção.

—Você já sabe a pergunta.


Autora: muito obrigada a todo mundo que tá votando e comentando. Vocês não fazem ideia do quanto isso significa pra mim :)

Rule My Life - Rules [REESCREVENDO)Where stories live. Discover now