Ato IV - Domus

24.6K 1.9K 4.9K
                                    

Olá, meus amores! Como estão? 

Aqui tá mais um capítulo fresquinho para vocês já irem prestando atenção em certas referências e pistas que estou deixando no enredo.

Obrigada por comentarem e votarem. Amo interagir com vocês. Mesmo. Tem sido uma experiência maravilhosa até agora!

Qual personagem vocês mais gostam até agora? Tô curiosa. Me conta aí.

Qualquer dúvida sobre Blasphemia, me digam que respondo com o maior prazer, viu? Só não solto spoiler, porque né.

Boa leitura!

Boa leitura!

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.


ATO 4: DOMUS

do.mus substantivo masculino

1. lar

(...)

Washington, EUA. 2013.

O desmaio inesperado da filha de Benjamin Donovan havia sido comentado em todas as colunas sociais dos jornais.

Ela sentia-se incapaz de deixar seu quarto após o ocorrido. Não pelo fato de sentir-se doente - embora, de fato, sentisse-se assim -, mas pelo quão envergonhada sentia-se a respeito do que acontecera em seu jantar de noivado.

Voltara a si minutos mais tarde, deitada em sua cama. Ouvira os sermões de seu pai, que falara como se ela tivesse cometido um crime. Maeve sentia-se mergulhada em um mar de problemas que pareciam não se acabar. Os problemas continuaram a chegar.

A prova disto era o que ela estava vivendo agora.

Parada em frente à uma mesa cuidadosamente decorada com uma bela toalha branca, pálida como cera, e com bordados delicadamente feitos em tom dourado, Maeve encarou o juiz de pé perante a ela, logo atrás da mesa.

O sujeito certamente estava habituado a esperar pela noiva, que, seguindo algumas tradições, atrasava-se para seu casamento. Bem, não neste caso.

James Braxton estava dez minutos atrasado para a cerimônia.

Imóvel, suando frio por debaixo de seu vestido Chanel cor-de-creme, Maeve Donovan se perguntou se o futuro marido havia desistido de todo aquele acordo. Por um momento esperava que sim. Mas logo se lembrou de seu propósito. Aquele casamento era a única forma de recuperar o patrimônio de sua família. E ela certamente não mediria esforços para alcançar tal objetivo.

Tentando manter a sua calma, ela mentalmente começou a fazer uma prece. Cerrou os olhos e pediu aos deuses para que tudo saísse como ela havia planejado. Os convidados estavam agitados. Todos fazendo comentários a respeito do quão atrasado o noivo estava. Mas os comentários cessaram assim que fora possível ouvir o grandioso som de um motor que se aproximava da entrada da casa.

Blasphemia | ROMANCE LÉSBICOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora