(Completo)Desafio-A História De Ruan Callegari

CAPÍTULO 04

Ruan Callegari

A voz de choro de Mari era perceptível há quilômetros de distância.

Como já havia deixado ela várias vezes na porta de casa de forma imperceptível rapidamente cheguei até ela.

Se o pai dela tivesse encostado um dela nela também ele seria com certeza um homem morto.

Vou ao hospital mais próximo e procuro pela ficha de Maria Fontes.

Ela teria que ficar de observação, pois estava muito fraca.

Era essa a vantagem de ser o gerente da favela.

Não havia nenhum dado sobre agregação, mas se ele era advogado isso ficaria mais do que oculto.

Planejo o fim de semana para Mari e eu, afim de que ela esquecesse um pouco do que presenciou com o pai.

Somos levados de táxi até o aeroporto e vamos de jatinho que aluguei para nos dois até a Ilhabela conforme planejado.

Seus olhos em êxtase era mais do que um presente para mim.

Conforme a cidade era somente um ponto pequeno Mari olhava tudo com curiosidade e depois apoiou sua cabeça em meu ombro.

------Nao e por todas as coisas materiais que faz por mim, mas você é além do melhor namorado do mundo, você é a melhor pessoa. Eu amo você do fundo do meu coração Ruan.

-----Eu te amo futura Marianny Callegari.  Meu nome soa melhor em você do que em mim.

Por toda favela, Eu não era conhecido por Ruan, meu codinome era Panelinha desde o início.

Quando pousamos em Ilhabela toda a realidade ficou para trás.

Mari coloca um biquíni branco, um dos que comprei para ela e ficou simplesmente perfeito.

Surfamos

Nadamos

Nos amamos

E sua plenitude e paz era tão grande que eu precisava tirá-la do tormento em que vive.

Xandão me liga as quatro da manhã eu digo que no máximo as sete estarei com ele em reunião.

Xandão estava muito doente por causa das drogas e bebida.

Acordo minha princesa que fica triste por nosso retorno, mas prometo que tão logo eu consiga a levarei para conhecer o mundo.

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-----Fala chefe.

-----Entao gerente, tá pronto?

----Pra quê?

Questiono com medo da resposta.

-----De ser o chefe, o dono da porra toda.

-----Que isso chefe? Tem anos mil nessa terra ainda. E tem aquele guri lá sucessor.

Já fui uma vez no sítio passar os treinos para um garoto lá, mas não sei o nome do moleque de jeito nenhum.

-----Panelinha, panelinha... Tu não enxergou até hoje ? Aquele guri é só pra ser um braço direito, o cara que irá tomar tiro no teu lugar. Tu tem classe, dom, essência pra ser o dominador. Seu jeito de ser o bonzinho é simplesmente a máscara perfeita.

Engulo em seco, porque estava me preparando para entrar na faculdade ano que vem e tentar de novo um serviço ou concurso público.

Se eu disser não, antes de dizer A vou parar numa cova por saber demais.

-----Certo chefe .

----Hoje no baile funk, vou te consagrar. É a hora de passar a coroa meu chapa.

Xandão parecia animado e eu vejo que terei de contar mais a minha princesa, mas como?

Mano, sabe o que me da mó raiva?

Ser taxado de mau sem nem saberem minha história!

Ah, mas tu vende droga! Aceitou ser chefe, contribui com o mal.

Beleza! Me diz aí quem me deu oportunidade de emprego?

Tu sabe quantos naos eu levei so por morar em favela caralho?

Nem o dono do mercadinho me deu uma chance e claro que entendo que foi por medo de acordar com a boca cheia de formiga, mas eu sempre fui só um garoto esperando oportunidades.

Não vou ficar de mimimi ou me vitimizar .

Os tiro de consagração era de deixar qualquer um surdo e então eu precisava de uma nova estratégia, mas na hora eu só enchi a cara e dancei muito como se fosse só um adolescente prestes a virar adulto antes do tempo.

E A Mari?

Bem eu não sei como, mas o que era perfeito estava prestes a mudar de rumo pra nós dois também.