CAPÍTULO 27

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Marianny Fontes Callegari

"-----E se acontecer um terremoto? Nos estamos no décimo quarto andar.

Ruan da uma gargalhada da minha afirmação e se joga literalmente sobre mim na cama do hotel.

------Relaxa gatona, se vamos morrer é melhor morrer trepando.

O riso morre de meus lábios, pois não consigo resistir a sua boca tão próxima de mim. Juro que me sinto febril e pronta.

Ruan me beija e por ser mais de dez da noite imagino que não mundo fora.

------Vamos fazer uma mini loucura comigo?

Ruan me encara ainda com sua respiração arfando.

-----Com você sempre!

Vou até o guarda roupa e como ainda estamos devendo um banho do nosso sexo de minutos atrás, coloco um biquíni e um vestido qualquer e Ruan me segue apenas de bermuda quando retiro o cartão magnético que mantém a luz acesa e sigo corredor afora apertando o botão da piscina tão logo entro no elevador.

-----Torça comigo Ruan para que a piscina esteja vazia.

Sinto que ele ainda está processando minha loucura quando me jogo na piscina.

Em questão de segundos Ruan está ao meu lado e seu cabelo sempre rebelde deixou-o ainda mais sexy e Ruan me lança um sorriso preguiçoso encostado na beira da piscina.

------E agora menina sapeca?

------Me fode. ___Digo insegura agora sentada no seu colo.

Ruan gruda suas duas maos na minha bunda logo após colocar minha calcinha de lado e enterrando profundamente em mim.

-----COM TODO PRAZER.

Fecho meus olhos e tudo e tão intenso que ao olhar pra cima vejo o céu todo estrelado iluminando nosso amor."

Abaixo meus olhos das estrelas e me pergunto se em algum momento Ruan será capaz de me perdoar.

Eu achei que seria presa também por estar com o "inimigo"/amor da minha vida então juro que fiquei surpresa a estar numa clínica de reabilitação.

Passo a mao na minha barriga ainda inexistente.

-----Como será que você vai ser hein? Será a cara do seu pai ou minha cópia? Será uma menininha para eu brincar de maquiar e passar esmalte?

Quando percebo estou chorando porque não tenho nenhum tostão furado para manter essa criança.

Choro tanto que quando  dou por mim novamente já é um novo dia e há uma invasão policial na clinica.

Levanto e olho do lado de fora da janela escondido.

Reconheço alguns dos homens de Panelinha e meu corpo estremece de medo.

Estou voltando para meu quarto quando trombo em Lanie. .

-----Lanie?

-----Mary O que faz aqui?

------Estou internada desde o seu acidente lembra?

-----Acho que falaram algo. Agora saia daqui porque o negócio vai ficar feio.

------Querem me matar Lanie eu sei. Ainda mais agora que....

Antes que eu pudesse terminar a frase escutamos um disparo e Lanie me interrompe.

-----Estou aqui pra evitar isso agora vai.

Saio do seu lado e antes que pudesse esconder de verdade eu observo Lanie trocando disparos com tanta maestria que eu choro por ter causado todas essas dores a minha família.

A enfermeira responsável nos leva para a capela que é um lugar seguro para nós e me pergunto se em algum lugar Ruan poderia me perdoar caso tenha encomendado minha morte.

Se eu mandasse uma carta para ele, será que desistiria disso?

A tarde quando estávamos ainda recuperando do susto vendo TV um noticiário abala meu mundo.

"APós fugir do presídio o traficante Panelinha foi encontrado na entrada da favela. Seus documentos confirmam, Ruan Callegari o famoso Panelinha veio a óbito após trocar tiro com vários policiais."

Incapaz de enxergar mais qualquer coisa choro como se tivesse perdido parte de mim.

Lembranças de seus sorrisos sobressaia as vezes que ele me fez mal.

-----Mary.

-----Me deixa por favor.

Rita uma colega tenta me chamar para ir jantar, Mas nada desce.

------Acho que não é ele.

-----Eu ouvi o nome. É ele.

------Acho que não. Da uma olha nessa foto.

Eu não sei como ela conseguiu um celular, mas virei para ela esperançosa.

Realmente não era Ruan. O sinal de calvície na cabeça do cara, mas o tom de pele era bem diferente.

Eu havia trago uma foto do Ruan comigo e foi por isso que Rita conseguiu me ajudar.

Não era Ruan. Ele ainda estava no mundo dos vivos e provavelmente usaram seu nome como queima de arquivo.

Ainda há o medo dele mandar me matar, Mas pelo menos ele não morreu.

(Completo)Desafio-A História De Ruan CallegariWhere stories live. Discover now