Capítulo XI

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Na manhã seguinte, Theo levantou muito antes do sol nascer, deixando Prudence dormindo profundamente na cama para ir até a cozinha. Ele queria preparar um café da manhã especial para a esposa e foi com isso em mente que fritou ovos com bacon e preparou torradas. Também colocou um caldeirão de água no fogo e quando este ferveu, tornou a subir as escadas, com cuidado para não fazer barulho.

Prudence ainda estava dormindo na cama e sorrateiramente Theo foi até o lavabo, onde despejou a água fervente na banheira para preparar um bom banho morno. Queria que aquela manhã fosse especial para a esposa. Queria que ela se sentisse amada e protegida como jamais se sentiu antes. Prudence havia lhe dado a noite mais fantástica de sua vida, e agora o mínimo que Theo poderia fazer era demonstrá-la a cada novo dia o quanto lhe amava.

Quando finalmente terminou de preparar o minucioso banho, regressou ao quarto e se deparou com uma cena de tirar o fôlego: Prudence dormindo, coberta apenas pelo lençol fino da cama e iluminada pelos raios do sol que acabara de nascer. Queria passar o resto de sua vida admirando-a, mas por fim criou coragem de ir até a esposa, sentando-se ao seu lado na cama e a beijando ternamente no rosto.

-Bom dia, esposa. – Disse ele, com a voz rouca e cheia de desejo.

-Bom dia... – Respondeu Prudence, com um sorriso sonolento nos lábios e se espreguiçando lentamente – Acho que ainda estou sonhando.

-Lamento dizer, mas isso daqui é bem real.

E com uma devoção incomparável, Theo lhe cobriu os lábios com um beijo terno, porém caloroso. Prudence perdeu o fôlego diante de tamanha demonstração de desejo logo pela manhã, mas não demorou para que ela ficasse completamente desperta e correspondesse as carícias do marido, envolvendo o pescoço dele com um dos braços enquanto continuava segurando o lençol com o outro. Theo estava só de ceroula, e a pele nua de seu peito a aqueceu, fazendo com que a moça deslizasse os dedos pela pelagem macia e acastanhada.

-Humm... – Suspirou Prudence assim que Theo separou seus lábios, completamente sem fôlego.

-Como você se sente? – Indagou, roçando o nariz no pescoço dela enquanto inalava seu cheiro.

-Como se meu corpo fosse entrar em combustão a qualquer momento.

-Mesmo? Não está... Dolorida ou indisposta?

Levou um tempo para que Prudence entendesse exatamente o que o marido queria insinuar, e um ardor tomou conta de seu rosto com a recordação do que fizeram na noite passada. E agora que pensava sobre isso, de fato, estava um tanto dolorida em certas partes, mas nada que chegasse a incomodar. Na verdade, era uma sensação que beirava a satisfação, por mais estranho que isso parecesse.

-Estou bem. – Disse por fim, um tanto acanhada – Só um pouco dolorida em algumas partes, mas nada de mais.

-Sinto muito. – Murmurou Theo, afastando-se dela e encarando-a com certa vergonha no olhar – Eu nunca tinha feito isso antes e acho que posso ter feito algo de errado...

-Errado?

-Sim... Olha, esposa, juro que nem sempre vai ser assim! Eu posso melhorar, sabe? Posso aprender a me conter mais e ser menos ardoroso, se preferir desse jeito...

-O que?! – Exclamou Prudence, completamente abismada com o que o marido falava – Desculpe, mas duvido muito que isso possa ser melhor! Ontem a noite foi... Simplesmente incrível!

-Em sério? Então no fim também... Também foi bom pra você?

-No fim, no meio, no começo... Cada instante foi fantástico! Mas se você acha que pode melhorar, eu ouvi falar que a prática leva a perfeição.

GreenfieldWhere stories live. Discover now