CAPÍTULO 39-A ÚLTIMA MISSÃO DE CECÍLIA

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(ALERTA: ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


O diagnóstico de um novo câncer nos pulmões levou a mulher a invocar toda a sua fé e foi aí que, num momento de aflição, lhe veio o espírito de Sofia lhe ensinando a orar, a benzer as pessoas, a ter forças pra lutar contra o câncer e a acalentar todos aqueles que a ela viessem pedindo algum consolo.

Sofia permitiu que a pobre mulher aceitasse as doações daqueles que vinham benzer.

_Mas disseram que é errado cobrar por serviços espirituais._argumentara Cecília que passara a ler livros espíritas para entender melhor o que fazia, o dom que agora tinha.

O espírito de Sofia a tranquilizou:

_Você não está cobrando...você está aceitando e permitindo que as pessoas pratiquem os bons atos de doação, de caridade. Aceite de bom coração e faça uma oração para aqueles que lhe doarem algo. Pagamento maior não tem do que abençoar e bendizer aqueles que a nós oferecem a sua caridade.

Chegavam bananas, biscoitos, às vezes alguns medicamentos para aliviarem as dores da pobre mulher.

Leandro, com 20 anos, ouviu dos médicos a sentença de morte de que a mãe viveria no máximo mais seis meses.

A mãe não permitiu que o rapaz se revoltasse contra Deus:

_Deus é justo...sabe o que faz, filho. Se não fossem as palavras dos médicos, eu acharia que estava apenas com uma simples gripe, nada mais.

_Mas eles falaram seis meses...seis meses, mãezinha! O que será de mim depois disso?_o rapaz havia chorado inconsolável.

_Os médicos não podem dizer o que da boca de Deus ainda não saiu, meu filho...a ordem de minha morte não virá dos homens, mas do céu._a mulher falou confiante consolando o filho amado._ Vamos viver o melhor que pudermos até quando chegar a minha hora e Deus proverá a sua vida após a minha partida, meu amor.

Ele estava inconsolável e não conseguiu se controlar:

_Mas não conseguirei viver sem o seu amor, minha mãezinha...

_Outro amor será a ti enviado!_ela falou se assustando consigo mesma sem mesmo saber de onde aquilo tinha surgido.

_Não...não quero ninguém...não há amor maior do que ao amor de uma mãe pelo filho..._choramingou ele._E de um filho por uma mãe!

Ela falou o que já esperava um dia falar:

_Você é muito lindo, um filho prestativo, carinhoso, amado por sua mãe..._ela secou as lágrimas do filho e ele lhe beijou a mão._E um dia será amado por outra pessoa...outro rapaz...

Ele ficou parado ali...meio assustado...olhando pra ela, ao invés de se esconder:

_Eu namoro a Cristina, mãe...

_Não...você não namora a Cristina, filho. Você se esconde atrás da Cristina e eu sei que esperta do jeito que ela é...já percebeu isso também._sorriu para não o intimidar.

_Já?_ele assustou-se com a esperteza da mãe.

A mãe assentiu com um sorriso bondoso no rosto.

_Meu filho nunca será feliz ao lado de uma garota. Meu filho...

Ela pegou o rosto do filho com extremo carinho, temendo por saber que aquela opção, aquela condição sexual expunha demais o seu amado filho às agressões homofóbicas de ouras pessoas.

QUANDO O AMOR ENLOUQUECE!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora