CAPÍTULO 47-DIOGO CONVERSA COM ESTELA

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Diogo agradeceu por finalmente estar deitado em sua cama tão confortavelmente instalado por Sidnei. Havia escoriações nos joelhos, cotovelos, além das mordidas nas pernas, que ainda doíam um pouco. Talvez a oração que Cecília havia feito antes dele sair já estivesse perdendo o efeito, avaliou.

_Pois é, seu Diogo, se tivesse falado comigo que estava indo para aqueles lados, eu teria  avisado que lá é cheio de cachorros.  Uma cachorrada pela rua...deve ter pra mais de uns cem cachorros por lá! E tudo bravo! Deus me livre! A empregada nova falou que é tudo do filho da tal benzedeira que mudou pra lá. Nunca vi gente pobre criar tanto cachorro...será que deixam de comer pra alimentar os bichos?_Angelina questionou.

Estela contara até dez...depois até cem...e finalmente achou que após contar até mil tinha o direito de enxotar Angelina dali sem sentir remorsos depois.

_Nossa, dona Estela...só queria saber notícias do senhor Diogo..._reclamou a empregada idosa._Eu praticamente criei este menino...desde tão  pititinho*que sentava na cadeira e os pés não tocavam o chão...Olha aqui como estou arrepiada até agora só de pensar que dois cachorros enormes fizeram isso com ele...misericórdia! Imagine se tivessem pegado a  jugular...iria estar agora mortinho...sangrar até a morte antes de chegar num hospital...(*Nota do autor: pititinho=pequenino.) 

Estela encarou a empregada com o seu olhar autoritário de dona daquela fazenda e finalmente Angelina deixou o quarto sem falar mais nada.

Sidnei terminara de ajeitar o seu enteado na cama para que ele se sentisse confortável.

_Obrigado, Sidnei...assim está ótimo._agradeceu Diogo.

_Tem certeza de que os cães eram vacinados, filho?_Estela quis saber ainda bem abalada pelo acontecido.

_Tenho, Estela...dona Cecília me garantiu._informou Diogo  tranquilizando a avó.

Como se tivesse um sexto sentido, não foi preciso muito tempo para que Sidnei percebesse que era melhor deixar avó e neto sozinhos.

_Estarei lá fora se precisarem de mim. Vou ler um pouco._disse o psicólogo beijando a companheira antes de sair.

Estela também sentia que Diogo queria conversar com ela, o que a deixou curiosa.

_Encontrei o Mateus!_Diogo soltou reconhecendo mais tarde que correu o risco de matar  a avó do coração.

Felizmente ela estava tão acostumada a ver o neto errar naquela afirmativa que não se empolgou muito. Não seria a primeira vez que ele acreditava que tinha reencontrado o homem amado.

_Filho...é difícil saber se a pessoa é o Mateus assim só de olhar e..._a avó explicou já temendo que o neto amado pudesse vir a sofrer mais tarde.

Ele a interrompeu agitado demais pra deixá-la terminar a sua frase:

_Não...agora é diferente, Estela. A mãe dele confirmou...não...melhor...

Diogo parou a tempo entendendo que aquilo sim poderia fazer a avó desmaiar.

_Por favor, sente-se porque eu quase caí quando aquilo aconteceu!_confessou o neto da escritora.

Estela sentou-se.

_Aconteceu o quê? O ataque dos cães? Sidnei me disse que a senhora alertou que você ficou um bom tempo desmaiado. Não quer mesmo que a gente chame um médico? Bateu a cabeça, talvez...

_Não...estou bem. Agora, prepare-se.

Ela assentiu agora realmente curiosa.

_Eu não conversei inicialmente com a mãe do atual Mateus, Estela. Eu conversei...com a dona Sofia Guedes!

QUANDO O AMOR ENLOUQUECE!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora