CAPÍTULO 53-O NOVO EMPREGO

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Leandro decidiu não ir direto pra casa. Sabia que a mãe estava lá se distraindo com Estela e que a sua chegada poderia atrapalhar.

Sensível do jeito que era, Cecília também perceberia o quanto o filho estava triste com mais aquela recusa de Diogo em lhe dar o emprego.

Leandro procurou um amigo que também trabalhava na cantina para se distrair, mas ficou pior ainda!

_Sei não, viu, Leandro...o patrão sempre me falava que a mãe dele é muito doente, vivia sozinha com este irmão que morreu...sei não. Acho que ele vai decidir é passar o ponto da cantina e ir embora morar com ela._disse o amigo desanimado._Vamos é pro olho da rua, isso sim.

Leandro sentiu o peito doer de susto: perder mais um emprego detonaria a economia familiar!

_Mas será que ele não traz a mãe pra cá?

_Não...ele já tinha falado algo comigo. Parece que é daquelas velhas com o quintal cheio de plantas medicinais, horta...e ainda tem gato, cachorro, papagaio...não dá pra trazer tudo pra cá. Melhor seria ele ficar lá e não matar a velha de desgosto. Acho que aquele tal de Carlos Chagas é que vai ficar feliz. Sempre quis comprar a cantina na mão do patrão.

_Alguma possibilidade dele conservar a gente no emprego?_perguntou esperançoso.

_Duvido! Tem uma perrada de filhos...uns seis! Se quiser continuar com a cantina, bota gente dele pra trabalhar e mete um pé na bunda da gente, isso sim.

O amigo viu o quanto Leandro ficou arrasado. Sabia que Leandro  era pobre como ele e quis dar alguma esperança ao rapaz:

_Mas faça o mesmo que eu. Procure emprego com o neto da escritora...o neto de Estela Dantas é o melhor pedreiro da região e leva com ele uma equipe que não para de crescer. Aposto que ele terá vaga pra você lá. Eu vou é atrás dele e tenho certeza de que amanhã mesmo começo a trabalhar na construção civil. 

Leandro sabia  o que precisaria fazer: engolir o orgulho, que a mãe sempre lhe falara que não vale nada quando se necessita muito de algo e apelar para o doutor Sidnei ou para Estela para eles convencerem Diogo a lhe dar uma chance.

Leandro rodou pela cidade a fim de esfriar a cabeça, mas algo lhe chamava pra casa...talvez o consolo do colo de mãe.

Estava desfeito demais para não deixar transparecer para a mãe o quanto estava agoniado.

Cecília perguntou preocupada:

_Filho...o que lhe aconteceu?

_Nada, mamãe...só estou cansado, só isso._tentou mentir, mesmo sabendo que era impossível esconder algo dela. 

A conexão entre mãe e filho era muito forte!

 _Fale logo, ou vou ficar mais aflita ainda.

Estela o olhou também apreensiva.

_Se for algo em que eu possa ajudar...

Leandro dirigiu-se diretamente à escritora totalmente tímido:

_Dona Estela, eu vou precisar da ajuda da senhora sim. Sei que não é legal assim, logo de cara, aproveitar-me da sua amizade com a minha mãe...mas a urgência me obriga a largar o orgulho de lado.

_Pode falar, meu anjo..._a escritora usou uma voz bem maternal, pois queria ajudar o rapaz a se abrir pra ela.

Estela percebera o quanto eles eram pobres e estava disposta a ajudar com dinheiro, se eles não se ofendessem. Mas preferiu ouvir o que o rapaz tinha a dizer primeiro.

QUANDO O AMOR ENLOUQUECE!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora