CAPÍTULO 52-DIOGO FICA CONFUSO

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Estela sempre permitia que enquanto ela passava pela estrada dando uma volta enorme para chegar à casa da benzedeira, os netos desciam pelos fundos para cortar caminho.

Diogo e Mateus costumavam rir da avó que tinha que andar rápido para não deixá-los chegar sozinhos à casa de dona Sofia.

_Passe com a gente pelo atalho, Estela!_os garotos chamavam.

_E arranhar as minhas pernas? De jeito nenhum!_ela justificava._Desçam com cuidado que a gente se encontra lá.

Eles sempre a esperavam próximos à casa da velha Sofia com um sorriso cúmplice no rosto.

_Um dia eu ainda tomo coragem e corto este matagal só pra ver o que vocês dois tanto fazem que ficam com estas carinhas sapecas._ela sorria curiosa.

Eles nunca contavam, pois talvez ela não aprovasse uma ou outra travessura.

Naquele dia, porém, Diogo, dentro do carro com Leandro no banco de trás, achou que o caminho devia ter aumentado uns cem quilômetros!

O cheiro de amora doce parecia ter impregnado por todo o carro! A palavra "melado" ainda retumbava em seus ouvidos e ele não conseguia controlar a respiração. As mãos pareciam meio trêmulas e ele tinha certeza de que estava visivelmente perturbado.

Avaliou se estaria febril devido às mordidas dos cães, mas descartou a ideia achando que também seria exagero pensar assim.

Leandro, pelo contrário, parecia se divertir com a situação, talvez já tendo percebido que provocara  uma certa reação no futuro patrão. De uma coisa ele estava certo: Diogo pareceu comê-lo com os olhos ali, tão perto dele e sem camisa!

O rapaz não se intimidara de debruçar-se sobre o encosto do banco da frente e ir apontando para um ou outro ponto determinado na estrada, roçando, no caminho, o rosto de Diogo.

O neto de Estela Dantas não sabia se conseguiria um dia juntar os caquinhos de seu cérebro que estavam praticamente soltos dentro de sua cabeça!

"Este é Mateus...Este é Mateus...não é o Mateus...não é o Mateus...", ele não sabia qual das opções escolher!

Ali estava um rapaz mais velho do que Mateus quando falecera, porém, em nenhuma de suas projeções mais ambiciosas, ele poderia ter sonhado com uma transformação tão impressionante tanto no corpo quanto na mente do rapaz. 

Em pânico, Diogo viu Sidnei desviar-se do caminho de casa e rumar para o centro da cidade.

_Eu achei que iríamos direto pra casa._disse tentando disfarçar a aflição.

_Lembrei que preciso passar na casa de rações para acertar umas contas para a Estela._disse o psicólogo.

_Mas tinha que ser agora, Sidnei?_Diogo não se conteve.

_Por mim, tudo bem._sorriu Leandro._Não volto pra trabalhar hoje mais, porque o meu patrão decretou luto devido à  morte do irmão. Também, sabendo que a minha mãezinha não está sozinha, fico mais tranquilo. 

_Ótimo, Leandro! Então aproveitarei pra passar na padaria também._falou  Sidnei sorrindo.

Diogo sentiu-se ignorado pelo marido da avó, afinal, a conversa ali se limitava a Sidnei e a Leandro.

_E eu? Não conto pra opinar não?_disse visivelmente incomodado._Já decidiram passar no centro da cidade e pronto!

Os dois homens olharam pra ele, como se esperassem instruções.

QUANDO O AMOR ENLOUQUECE!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora