Cariño - Lección

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NA: E vamos de parte 2 do bônus final?

Toda aquela música alta e aqueles agarramentos frente ao palco, todo o movimento sensual e a quase ausência de roupa a colocou verdadeiramente desnorteada.

— Quer um pouco de Tequila? – A Colombiana a ofereceu o copo de bebida que recebeu o mesmo olhar acusador que a egípcia havia dado ao homem minutos atrás. Karila se moveu em direção a colombiana, de olhos cerrados, curvou o rosto para falar próxima a seu ouvido porque a música estava alta demais.

Não irá me encostar essa noite. – Ameaçou a contornando apressada, fugindo do contato alucinado dos latinos. Lauren virou o copo de tequila depressa o colocando vazio sobre a primeira mesa que viu e a seguiu apressada, sabia que queria falar um garrafal: eu te avisei que não iria gostar do que veria, mas preservou sua cabeça no lugar e todos os seus órgãos intactos. A seguindo de volta ao carro em que Hadd esperava.

Sabia que insistir para uma conversa amigável não resolveria, Karila precisava de seu momento para absorver toda a situação e entender o que havia acabado de presenciar, Lauren a deixou se despir e tomar um longo banho naquela noite, deitando a seu lado na cama em silêncio fingindo ler algum livro que mal se concentrava, esperando deitada em seu travesseiro se a princesa lhe direcionaria o olhar.

O que não aconteceu, ela simplesmente lhe deu as costas e dormiu como uma temperamental noiva que não diria nada para ser compreendida. Lauren intimamente achava graça que sua reação tivesse sido tão diferente do que imaginou, Karila nunca havia saído de seu controle sobre ciúmes e sobre seu relacionamento, significava que se importava demasiado, mesmo que a colombiana não desejasse que ela se sentisse daquela maneira.

Esperou que entrasse em profundo sono para acariciar seus cabelos tão lisos em um ato de carinho, seus dedos se perdendo sobre sua face tão delicada e desenhada, afagou suas bochechas e suspirou ao notar sua boca, não lhe deu um beijo sequer de boa noite, Karila correspondeu inconsciente a seus carinhos, se moveu para acomodar em seu corpo como todas as noites, o que fez a historiadora sorrir sabendo que ela entenderia que tudo estava bem com o tempo, seus atos inconscientes lhe entregavam respostas suficientes.

Não era tão tola que não enxergasse que a amava muito para olhar outra mulher?

-

Na manhã seguinte, a egípcia parecia menos arredia e mais aberta a dialogar, naturalmente se reaproximou de Lauren nos dias que seguiram em sua viagem, principalmente porque estavam de férias, precisavam cuidar de seus filhos juntas, o assunto Emeraude não havia sido despertado novamente, era como um tópico que tivesse nascido para estar em stand by de lado, um incômodo que só despertava quando pensado, e a egípcia decidiu não pensar naquilo por seus próximos dias...

Suas preocupações, fossem com o Egito ou com seus filhos a colocava fora de uma órbita em que percebesse a estranha necessidade de Lauren em conversar consigo em particular, longe de seus pais e de qualquer segurança. A egípcia se moveu naquele corredor, pronta para voltar ao escritório da colombiana, mas Lauren interrompeu seu movimento, estendendo o braço direito para interceptar seu caminho com um sutil golpe de sorte.

Karila a olhou com sobressalto, seu cenho franzido ao virar a trajetória do olhar para a colombiana.

— O que foi? – Questionou confusa, sentindo o braço de Lauren contra seu ombro, a palma firmemente pressionada na parede.

— Nós precisamos conversar sobre uma situação que talvez esteja tirando meu sono alguns dias desde o momento em que voltamos a estar juntas. – Fosse pela tensa perspectiva que seus olhos esmeraldas lhe direcionou, a princesa enfim entendeu a seriedade daquela situação, pausando seu movimento e se concentrando na mulher com todas as suas energias.

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