O Jovem índio ajeitou a cadeira e ajudou o homem mais velho a colocar-se nela. Um índio por volta dos cinqüenta anos, cabelos pelos ombros, lisos e negros, cobertos por um chapéu preto de vaqueiro. Usava roupas simples, assim como o rapaz.
Ficaram ali, fitando o porto, o homem com as mãos apoiadas nos joelhos, em sua cadeira de rodas. O rapaz com as pernas cruzadas, apoiado no capô do rabbit. Eu não sabia o que fazer. Senti minha mão se retesando e então uma lasca da madeira da mesa se soltou. Opa! Preciso me concentrar, senão vou acabar quebrando toda a mobília da cafeteria.
Chamei a garçonete, e pedi que me trouxesse a conta. Ela atendeu-me prontamente, eu paguei e disse a ela que ficasse com o troco. Ela havia sido bastante gentil comigo, merecia.
Levantei-me e cuidadosamente dirigi-me até o lugar onde o carro fora estacionado.
- Com licença Senhores, por acaso um de vocês é o Sr Billy Black?
- Sim, sou eu. (respondeu o mais velho)
- E este é meu filho Jacob Black.
- Encantada. Eu sou Satine Volturi.
- Você disse, Volturi?
- Sim, este é meu sobrenome. Na verdade é o sobrenome da família pela qual fui criada.
- É descendente da filha de Marie?
- Na verdade, um pouco mais que isso, o senhor a conhece, ou conheceu?
- Sou descendente dela, Marie faleceu à muitos anos. Mesmo assim, não entendo como você soube desta história incomum, depois de tantos anos. Será possível? A única filha de Marie deveria ter pelo menos oitenta anos!
- Noventa e um, precisamente.
- Você é parente dela? A conheceu?
- Como eu disse, um pouco mais que isso. Eu... na verdade... sou a filha de Marie!
- Mas se é assim, então é verdade! As histórias a respeito de seu pai, você é mesmo filha dele. Mas... Espere... Como assim... Você nunca procurou por ele, sempre estivemos vigiando. Ele nunca procurou por você também.
- Sem chance!
Interrompeu-nos o garoto.
- Ela não é uma sanguessuga! Nem tem cheiro de sanguessuga, veja... (e aspirou o ar bem no meu pescoço, fazendo-me cócegas com seu hálito quente. Eu não estava acostumada a ter humanos tão perto, sempre tentei manter distância. De qualquer maneira, aquele garoto era extremamente quente)
- Não sinto cheiro de sanguessuga, me arrisco até em dizer que o cheiro dela bem... é... diferente, é bom, cheira um pouco doce, mas não enjoativo, está mais para frutas silvestres. Um pouco amadeirado e folhoso, mas não pinheiro, mas como, folhas num dia de tempestade. Sem dúvida é um cheiro bom.
- Bem, depois dessa análise minusiosa de meu cheiro, devo crer que não acredita que sou uma vampira.
- Espera aí, me dê a sua mão, deixa eu ver.
Estendi minha mão em sua direção, ele a pegou um pouco menos gentil do que eu estava acostumada, mas não desrespeitoso. Olhou para ela primeiro, em seguida colocou-a entre suas mãos grandes e quentes, fazendo-a suar quase isntantâneamente.
- Hum... sem chance de novo, é quase quente, como as pessoas e, nem é dura feito pedra. Talvez um pouco mais dura que a maioria das garotas, mas, sem dúvida não é uma sanguessuga. Está até suando.