9.SURPRESAS DO DESTINO

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Devo ter adormecido logo. Acordei na manhã de segunda-feira, com o livro no colo e atrasada. Corri para o chuveiro e me lavei, escovei os dentes e penteei os cabelos o mais rápido que pude. Como meu cabelo não queria me ajudar, prendi tudo em um rabo de cavalo. Coloquei um vestidinho florido de mangas três quartos, com legging e sapatilha de boneca. Desci as escadas correndo, com a bolsa de couro que ganhara de Alice nas mãos. Minha irmãzinha estava sentada na soleira da porta, com as chaves do carro nas mãos.

- Porque você não me chamou!

- Você estava dormindo tão bonitinho!

- Agora estou horrível, nem tive tempo de me arrumar.

- Pare de bobagem, você está linda!

- Ah claro! Sei!

Entramos no carro e praticamente voamos para a escola, mesmo assim, chegamos depois do professor. Tive que pedir desculpas novamente, e é claro Edward divertiu-se novamente com isso.

- Não diga nada! Meu humor está péssimo.

- O que foi? Eu nem disse nada.

- Mas pensou!

- Achei que eu fosse o único que pudesse fazer isso!

- Isso o que, garoto?

- Ler pensamento.

- Há, há. Muito engraçado.

- O Newton está muito desapontado por você ter acabado com a tentativa dele.

- Tentativa de que?

- Chamá-la para sair.

- Ele ia fazer isso?

- Ao que parece, ia. Ele pensou nisso a semana toda.

- E você nem me contou!

Dei um soquinho devagar em seu ombro.

- Belo irmão você é, nem me protege!

- Achei que soubesse se cuidar sozinha.

- Engraçadinho.

- Obrigado, eu tento! Mas falando sério, porque está tão estressada.

- Sei lá, sinto como se tivesse borboletas em meu estômago.

- Eu hein! Achei que só as humanas passassem por essas transformações hormonais periódicas.

- Você está tão engraçadinho hoje! Vamos prestar atenção à aula, afinal deve ser só a centésima vez que vejo este assunto.

Edward estava rindo quando o professor voltou-se para nós dois, ele pigarreou e fingiu uma tosse. Se não fosse por maus irmãos, eu provavelmente não suportaria a escola.

No intervalo, não fiquei com os outros. Meu humor estava tão negro que eu não conseguiria fingir interesse pelos assuntos humanos. A tal Jessica Stanley, ignorando minha vontade de solidão, veio até a mesa em que eu estava com meu livro nas mãos e me interrompeu.

- Satine, posso perguntar uma coisa?

- Bem, uma coisa você já perguntou, mas tudo bem. Pode perguntar outra.

- O rapaz de ontem, o Jacob, ele veio buscá-la semana passada não veio?

- Sim, ele veio.

- Vocês estão tipo, namorando?

- Porque quer saber?

- Não, por nada. É só que este garoto, ano passado, meio que dava em cima da Bella. Sabe como é, eu quis te avisar.

A filha da luaOnde histórias criam vida. Descubra agora