13.GOLPE DO DESTINO

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Lancei-me em seus braços acolhedores. Meu pai era a pessoa mais maravilhosa do mundo e a cada dia eu me perguntava por que eu havia demorado tanto para procurá-lo.

- Que bom que está aqui querida, eu já estava com saudades.

- Ah pai, eu também.

Ele segurou minha mala em uma mão, passando a outra por meus ombros.

Andamos pelo saguão abraçados, meu pai consolando-me. Ele era bonito e por isso sempre chamava atenção, onde quer que fosse. Eu morria de ciúmes dele, e de Demetri, e de meus irmãos. Essa era à parte que eu odiava nos vampiros.

Meu pai sorriu, provavelmente percebendo meu desconforto pelo flerte da garota. Ele era muito discreto e não faria nenhum comentário.

Entramos na Mercedes preta e meu pai dirigiu tranqüilo, de volta à Forks.

- Como foram as coisas por lá, meu amor?

- Tudo bem, eu acho. Aro, Caius e Marcus foram muito gentis e acolhedores, não me perguntaram muita coisa sobre você, ou como minha vida está. Aro me disse apenas que as portas estão sempre abertas para mim.

- Sei que você os ama, mas quero que tenha cuidado com eles. Você sabe que são vingativos e perversos. Não iriam aceitar tranqüilamente perde-la para mim.

Abaixei meu rosto, deixando uma mexa de cabelo cobri-lo. Meu pai tinha razão sobre eles, eu sabia disso. Ainda assim, pensar desta maneira me magoava.

- Eu sei pai.

- Satine, minha filha, nada me faria mais feliz do que estar enganado. Espero mesmo estar, eu jamais ficaria feliz se você se magoasse.

Eu o abracei, deitando minha cabeça em seu ombro, enquanto ele dirigia.

- E Demetri, você o viu?

- Vi.

- Só viu? Vejo em seus olhos que está feliz. Não quer me contar?

- Pai, você vai ficar chateado comigo.

Ele sorriu.

- Amor, você não é exatamente uma garotinha, acho que posso lidar com o fato de você ter um namorado.

- Tudo bem, então eu te conto. Mas já vou avisar, é bem bobo e imaturo.

- Estou ficando curioso.

- Eu fiz ciúmes para ele.

- Tem razão, isso é bobo!

- E... com Caius.

- Tem razão, é imaturo também.

- Pai, você prometeu!

- Ok, continue contando, meu amor. Deu certo?

Senti minhas bochechas corarem, eu ainda não tinha dito nada, mas meus olhos me denunciavam. Tentei falar, mas não conseguia encontrar as palavras.

- Deu.

Meu pai abriu um sorriso imenso, mostrando a brancura de seus dentes afiados.

- Está mesmo com vergonha de mim?

- Um pouquinho.

- Não tenha meu amor, tudo isto é tão bonito e sincero. Sei que você o ama, e conhecendo Demetri como eu conheço, sei que para vir de Volterra até aqui, sem a permissão de Aro, ele também deve amá-la muito. Espero que tudo dê certo para você, que seja feliz ao lado do homem que ama.

A filha da luaWhere stories live. Discover now