Lancei-me em seus braços acolhedores. Meu pai era a pessoa mais maravilhosa do mundo e a cada dia eu me perguntava por que eu havia demorado tanto para procurá-lo.
- Que bom que está aqui querida, eu já estava com saudades.
- Ah pai, eu também.
Ele segurou minha mala em uma mão, passando a outra por meus ombros.
Andamos pelo saguão abraçados, meu pai consolando-me. Ele era bonito e por isso sempre chamava atenção, onde quer que fosse. Eu morria de ciúmes dele, e de Demetri, e de meus irmãos. Essa era à parte que eu odiava nos vampiros.
Meu pai sorriu, provavelmente percebendo meu desconforto pelo flerte da garota. Ele era muito discreto e não faria nenhum comentário.
Entramos na Mercedes preta e meu pai dirigiu tranqüilo, de volta à Forks.
- Como foram as coisas por lá, meu amor?
- Tudo bem, eu acho. Aro, Caius e Marcus foram muito gentis e acolhedores, não me perguntaram muita coisa sobre você, ou como minha vida está. Aro me disse apenas que as portas estão sempre abertas para mim.
- Sei que você os ama, mas quero que tenha cuidado com eles. Você sabe que são vingativos e perversos. Não iriam aceitar tranqüilamente perde-la para mim.
Abaixei meu rosto, deixando uma mexa de cabelo cobri-lo. Meu pai tinha razão sobre eles, eu sabia disso. Ainda assim, pensar desta maneira me magoava.
- Eu sei pai.
- Satine, minha filha, nada me faria mais feliz do que estar enganado. Espero mesmo estar, eu jamais ficaria feliz se você se magoasse.
Eu o abracei, deitando minha cabeça em seu ombro, enquanto ele dirigia.
- E Demetri, você o viu?
- Vi.
- Só viu? Vejo em seus olhos que está feliz. Não quer me contar?
- Pai, você vai ficar chateado comigo.
Ele sorriu.
- Amor, você não é exatamente uma garotinha, acho que posso lidar com o fato de você ter um namorado.
- Tudo bem, então eu te conto. Mas já vou avisar, é bem bobo e imaturo.
- Estou ficando curioso.
- Eu fiz ciúmes para ele.
- Tem razão, isso é bobo!
- E... com Caius.
- Tem razão, é imaturo também.
- Pai, você prometeu!
- Ok, continue contando, meu amor. Deu certo?
Senti minhas bochechas corarem, eu ainda não tinha dito nada, mas meus olhos me denunciavam. Tentei falar, mas não conseguia encontrar as palavras.
- Deu.
Meu pai abriu um sorriso imenso, mostrando a brancura de seus dentes afiados.
- Está mesmo com vergonha de mim?
- Um pouquinho.
- Não tenha meu amor, tudo isto é tão bonito e sincero. Sei que você o ama, e conhecendo Demetri como eu conheço, sei que para vir de Volterra até aqui, sem a permissão de Aro, ele também deve amá-la muito. Espero que tudo dê certo para você, que seja feliz ao lado do homem que ama.
![](https://img.wattpad.com/cover/27718300-288-k544143.jpg)