A cabeleireira castanha invadiu os corredores da Universidade de maneira calma e sutil. Não é a intenção da mesma gerar tantos olhares, murmúrios e até mesmo xingamentos. Ela só está ali porque é de extrema necessidade. Um pouco mais, a espera acaba, e finalmente chegará o momento de ser livre para buscar seus sonhos, da maneira que tanto almeja.
Carregando consigo alguns livros para serem utilizados na aula de hoje, era quase impossível de notar que a face da menina que estava se tornando uma mulher, não era a mesma dos outros dias. Havia acontecido algo com a brasileira, pois ela não é de ser mal-humorada. Geralmente — mesmo com a grande atenção sobre seus olhos e corpo — está com um grande sorriso e não deixa se intimidar com os outros alunos (as).
A mesma ultrapassou mais algumas pessoas que ainda circulava pelo corredor, com precisão, chegando ao seu armário.
— Há algo que está me intrigando — A castanha não esperava por esse comentário e muito menos aguardava algum. Embora, estivesse alerta.
— Santo Deus, Chris! — Resmungou com a voz assustada, colocando a bolsa dentro do armário, fechado o mesmo em seguida. — Achei que estivesse no estágio. — Completa, olhando mais calma para o amigo de quase 1,70.
-- Só amanhã. — Responde, e pela primeira vez, a loira notou que Chris estava encostado no armário. - Aconteceu alguma coisa que não estou sabendo? - Pergunta desconfiado.
A futura arquiteta sabia que não podia mentir para o amigo, nem mesmo sobre juramento da corte. Então, a mesma deixou a respiração pesada sair, olhando para Chris.
— É o meu exame. — Disse, direta. — Não consegui dormir direito e ainda tem essa aula de projeções de edifícios, que pra falar a verdade, não estou com um pingo de vontade de assistir.
Chris desenconstou-se do armário, estendendo o braço para a amiga.
— Eu posso ir com você para a clínica se desejar — a mesma enrosca seu braço no dele, enquanto os dois começam a se distanciar dos armários. — e até poderíamos, se isso fosse uma possiblidade, matarmos aula. Mas não sou louco o bastante e você também não. — Conclui, enquanto observa a amiga com os livros no outro braço.
— Ainda bem que isso não é uma possiblidade — Responde humorada, ao se dar conta que ficou calada durante um tempo. — meus pais ficariam decepcionados.
— Os meus também. — concordou com a loira. - Mas então, você quer?
— Até aceitaria, porém, Lucy confirmou comigo, antes de pegar o ônibus hoje. — Responde ao amigo.
Os dois se deram conta que chegaram em uma determinada ala da Universidade que teriam que se separem. Chris abraçou a amiga, como sempre, dando lhe um beijo na testa, como de costume. Ela, evidentemente retribui o abraço, e se afastou após o beijo.
— Te vejo mais tarde, então. — Disse Chris, enquanto caminhava no sentido contrário da amiga.
A castanha apenas acenou em um "sim" e seguiu para a sua área. Ou seja, para parte de arquitetura e urbanização.
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VOCÊ É O MEU MELHOR ACASO
Romance"Estamos destinados, eu e você. Não podemos lutar contra isso, até mesmo porque não podemos. Você será minha, somente minha, e te prometo que se não for, não será de mais ninguém!" ... » Contém conteúdo sexual. » Contém violência verbal e física. »...