TRIGÉSIMO PRIMEIRO CAPÍTULO

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      Niall entrou no quarto, que agora era meu e de Harry, enquanto eu procurava alguns nomes de bebês na internet, e ele trazia consigo dois potinhos com pedaços de pudim. O irlandês me entregou um daqueles e sentou-se em minha cama, espiando rapidamente a tela de meu computador. Algo passou por sua aura, mas não consegui identificar o que era.

      — Encontrou alguma coisa? — Perguntou, enquanto comia.

      — Não exatamente — dei de ombros. — Eu estava olhando os significados de cada um, entende? Para me inspirar em algo.

      Encarei o doce que cheirava tão bem em minhas mãos, pegando a colherzinha para arrancar um pedaço e levá-lo à boca. Revirei os olhos em prazer ao sentir o açúcar atiçando meus hormônios de grávido. Fechei o computador para que eu pudesse levantar e deitar ao lado de Niall na cama, terminando por jogar minhas pernas sobre seus joelhos.

      — Vamos ao shopping hoje? — Convidou, com um tom esperançoso. — Poderíamos ver as coisas para os bebês. Aposto que Zayn e Harry não se importariam em nos acompanhar.

      Algo dizia-me que ele já sabia que os alfas realmente não se importariam em nos acompanhar naquele passeio. Arqueei uma sobrancelha.

      — Você já pediu para eles, não é?

      Niall ofereceu-me um sorriso culpado, dando de ombros. A única coisa que pude fazer foi suspirar e assentir. O irlandês pulou da cama batendo palmas e dando pulinhos, como uma criança que acabou de ganhar um doce, então recolheu nossos potinhos.

      — Juro que não vai se arrepender. Teremos bastante diversão e você vai gostar — Niall estalou um beijo molhado em minha bochecha antes de sair.

      Sorri encarando a porta fechada, agradecendo subconscientemente que eu tivesse um amigo tão eletrizante quanto ele. Aquele ômega irlandês era a pessoa mais animada que eu conhecia, e a energia única que ele tinha fazia todos no mesmo lugar sorrirem ou gargalharem com suas piadas péssimas e de baixo calão.

      Niall era o verdadeiro significado de família para mim. Eu sempre poderia contar com ele, senão nosso antigo trabalho jamais teria dado certo. Nossa vida não teria dado certo, portanto sua amizade era a maior preciosidade que eu carregaria até o túmulo. Por mais que eu amasse Ethan, Meryl, Zayn, Liam, Anne, Gemma e Harry, a única pessoa que eu com certeza salvaria num momento de risco de vida seria Niall. Ninguém me pegou como ele fez nos momentos difíceis.

      Com certo esforço emocional, tirei do bolso o papel onde eu estava rabiscando anteriormente. De súbito, eu estiquei o braço para trás e alcancei uma das canetas que Harry deixava largadas sobre a cabeceira por fazer anotações em documentos antes de dormir, riscando algumas coisas que eu escrevera.

      Por fim, encarei os últimos quatro nomes.















      Eu não conhecia o shopping para o qual fomos com os nossos alfas, mas as pessoas que andavam por aqueles pátios esbanjavam quanto dinheiro tinham ao carregarem mais de cinco sacolas de marcas famosas, ou terem alguma outra pessoa para fazer aquele “trabalho duro” por elas. Estava quase vazio, mas eu supus que era apenas porque as coisas ali eram extraordinariamente caras.

      Os olhares que as outras pessoas direcionavam a mim eram impossíveis de ignorar.

      Harry segurou minha mão praticamente por todo o tempo, e não se deteve ao sussurrar coisas bonitas em minhas orelhas. Não eram olhares maldosos — alguns, sim, a bem da verdade —, em sua maioria as pessoas apenas pareciam curiosas. Não era comum ver um Impuro grávido andando por aí em lugares chiques; fazíamos parte da ralé, e apenas um ou outro da nossa espécie era realmente bem-sucedido a ponto de poder andar (quase) tranquilamente no meio daqueles lobisomens que limpavam a bunda com notas de dinheiro.

The Way You Love Me | L. S.Where stories live. Discover now