TRIGÉSIMO SEGUNDO CAPÍTULO

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O público masculino que lê a fanfic aumentou. Fico feliz por isso já que é mais comum ver mulheres lendo histórias como essa.

Enfim, tem um aviso importante no final. Não pulem, por favor ♡

Boa leitura, boos.

      — Tudo pronto, Lou? — Harry pegou a mala de maternidade de cima da poltrona e me olhou.

      Encarei seu rosto cansado, com olheiras azuladas contrastando com a palidez da sua pele. Aquelas últimas semanas até o parto tinham sido complicadas para nós dois, porque os bebês pareciam mais agitados do que nunca chutando, sendo um susto a primeira vez que eu vi aqueles múltiplos pezinhos se sobressaindo sob minha pele. E doía muito. Várias vezes, eu vomitava pela dor que era quase a mesma coisa de senti-los empurrando minhas costelas.

      Pelo lado bom, porém, nós finalmente tínhamos recebido uma resposta sobre o problema hormonal da filhote mais pequena. Gigi fizera uma série de exames para entender aquela falha, e no fim descobrimos que era algo normal quando um lobo gerava uma ninhada relativamente grande tendo um lobisomem como parceiro. Um dos nenéns sempre ficaria um pouco menor que os outros aleatoriamente por fatores biológicos.

      Era um alívio saber que aquilo não seria pernicioso para mim ou para a bebê, mas meu corpo estava mais dolorido do que antes, então era constante que eu acordasse de madrugada sentindo minhas costas quase moídas, meu estômago revirando e os pés dos filhotes batendo contra a pele esticada da minha barriga. Consequentemente, Harry também despertava, o que nos trazia cerca de duas a três horas tendo que ficar acordados até que aquelas dores fossem embora.

      Além de que, como sempre, meu alfa era o melhor para mim. Ele me dava massagens nos tornozelos, costas e pernas, fazia chá e tampouco reclamava de ir até o centro de Londres para comprar as bizarrices que meus hormônios faziam-me querer comer. Apenas então fui capaz de notar o quanto aquele cansaço estava refletido fisicamente em Harry.

      Aproximei-me de seu corpo fatigado para poder soltar meu peso contra ele, fechando os olhos ao sentir seus braços quentes me abraçarem. Eu queria reconquistar o contato físico que tínhamos perdido — que eu tinha evitado — naqueles meses, porque o mais novo sempre esteve lá por mim sem nunca opor-se.

      — Eu amo você — falei, mas minha voz saiu tão baixa que temi Harry não ter ouvido.

      O alfa arfou fracamente, apertando-nos um pouco mais juntos.

      — Eu também amo você, Louis. Está tudo bem?

      — Sim — ri nasalado. — Só quero um pouco de você agora.

      Sem reclamar que tínhamos horário marcado com Gigi, Harry levou-me colado a ele até que pudesse sentar na cama, colocando-me de lado sobre seu colo. Com delicadeza, meu alfa começou a afagar minha barriga, e quase que instantaneamente um dos filhotes chutou sob sua palma. Harry riu, fazendo carinho sobre a sola do mini pé à mostra ali.

      Escondi meu rosto em seu pescoço, aproveitando para pegar seu cheiro. Passei o nariz por cima de sua glândula aromática, sentindo os feromônios do meu alfa virem até mim numa forma calmante. Não sei por quanto tempo ficamos ali, mas em algum momento o celular de Harry tocou. O alfa não parou de exalar seus feromônios, deixando-me sonolento enquanto falava com alguém.

      Entretanto, minha mente pareceu despertar assim que senti seu corpo ficar tenso e sua voz abaixar alguns timbres. Abri meus olhos e encarei a cicatriz rosa-pálido perto de seu pescoço, sentindo algo estranho em meu peito. Por algum motivo, uma inquietação fez-se presente; por isso, quando Harry desligou o celular, endireitei-me para encará-lo. Minha curiosidade pareceu ficar aparente porque o alfa não tardou em explicar:

The Way You Love Me | L. S.Where stories live. Discover now