capítulo 3

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Fiquei parado, minhas pernas pareciam estar coladas ao chão e não conseguia me mexer ou ter forças para isso. Piscando várias vezes com receio de que fosse uma ilusão olhei em volta tentando entender aonde eu estava, um grande pátio cirular e muito alto.

O pátio era rodeadas por corredores e haviam portas. Muitas portas de ferro distribuídas entre inúmeros andares onde os homens entravam e saíam. Tudo era cinza.

Alguns homens paravam e ficavam me encarando mas logo voltavam a andar como se fosse rotineiro alguém atravessar aquela porta.

- E aí?- me virei assustado com a voz que veio de trás. - Assassinato, roubo ou tortura?

- O quê?!- o dono daquela voz era um cara branco de olhos castanhos.

O cabelo era curto e da mesma cor dos olhos, talvez um pouco mais claro; nos braços ele tinha algumas tatuagens e pelo meu pré julgento o considerei normal.

- Ah, já sei! Assassinato e roubo? Ou teve tortura? Não?!

Ele parecia estar se sentindo em um jogo de adivinhação. A cada "chute" ele batia na cabeça como se estivesse tentando encontrar a resposta.

- Tem dica?

- O quê?

- Ah, fala sério!

Ele ficou me encarando como se esperando que dissesse algo. Como não disse nada ele me olhou cabisbaixo.

- Minhyuk.- ele estendeu a mão. Era bem difícil acompanhar o seu humor.

- Jimin.- estendi minha mão cauteloso e apertei a dele. Ele colocou a sua outra mão na minha e a sacudiu fazendo com que meu corpo todo balançasse.

- Você é novo, não é?- ele arregalou os olhos e bateu em sua testa.- Claro que é, nunca vi você aqui. E eu conheço todo mundo aqui.

- Bom e agora?- Minhyuk colocou a língua entre os dentes e o dedo indicador no queixo .- Você precisa de um lugar. Sim, é isso.

Ele pegou a minha "bagagem" e me guiou para as escadas, elas eram de ferro e estava bem desgastada. Paramos no quarto andar e continuamos andando. Fiquei atento a cada detalhe e consegui espiar um dos quartos, vi beliches comums e homens aparentemente comuns.

Era impossível dizer quantos quartos haviam naquele lugar. Olhei pela grade e tive uma visão completa do que acontecia no pátio.

Minhyuk finalmente parou e me indicou a porta com número 46. Se estamos apenas no quarto andar quantos quartos ainda existem mais pra cima? Quanto entrei no quarto vi um homem, ele se levantou e arqueou uma sobrancelha me fitando.

Ele usava um tapa-olho no olho esquerdo, mesmo assim consegui ver a cicatriz que atravessava metade de seu rosto. Sua pele era branca, e o único olho que sobrava era castanho quase sendo coberto pelos cabelos pretos.

- Hey.- Minhyuk se aproximou do estranho e deu um selinho rápido.- Ele é novato.

- E?- o cara do tapa-olho me encarava como se eu fosse um intruso. Na verdade eu era.

- Ele vai ficar aqui.- Minhyuk o abraçou e o encarou.- Podemos ficar com ele, não é?

Ele estava se referindo à mim como se eu fosse o que? Um pet?

O desconhecido de tapa-olho o abraçou de volta e deu um beijo molhado. Me mexi desconfortável e Minhyuk deu um tapinha no braço dele para que fosse solto.

- Você vai estranhar a rotina, mas com o tempo você pega o jeito da coisa.- ele disse me indicando a beliche que agora seria a minha cama.

Haviam duas camas, uma beliche e uma cama de casal, que eram duas camas, antigamente uma beliche, colocadas como uma só. O suporte era de ferro e o colchão era bem fino. As paredes eram cinzas como todo o resto daquela prisão estranha. Tinha apenas uma porta de ferro que por incrível que pareça era bem cuidada. O quarto em si era limpo.

Aprisionado|• Jikook Drk RmcWhere stories live. Discover now