Capítulo 4

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Saí do banho, peguei uma toalha, sequei-me rapidamente e vesti somente uma cueca, fui procurá-la para desfazer aquela cara de brava com os meus beijos

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Saí do banho, peguei uma toalha, sequei-me rapidamente e vesti somente uma cueca, fui procurá-la para desfazer aquela cara de brava com os meus beijos. Ela não estava na suíte, muito menos as suas roupas. Olhei no criado mudo e também não vi seu pertences, isso era preocupante.

Procurei na sala, cozinha e não a vi, corri da proa à popa do iate procurando por ela, olhei no mar, ela poderia estar mergulhando, mas não vi nada. Absolutamente nada.

— Alícia? — chamei enquanto percorria todos os cantos do barco mais uma vez.

Porra! Essa mulher é louca?

Não é possível que ela tenha pulado. Corri e peguei um binóculo, nervoso, tenso, porque eu tive medo de que essa maluquice descabida pudesse colocar em risco a sua própria vida.

Puto, peguei o meu celular e liguei para o Alencar, enquanto tentava encontrá-la no mar com o binóculo. Olhei em diversas direções, avistei algumas embarcações de todos os portes, mas não a vi nem nadando muito menos dentro de uma.

Caralho! Essa mulher é louca?

Finalmente o Alencar atendeu a ligação.

— Alencar, tente rastrear o celular da Alícia e descubra onde ela está agora, com urgência.

— O pessoal ou o empresarial?

— O pessoal, porra! Hoje é feriado — disse nervoso.

— Certo, aguarde alguns instantes, vou ligar o notebook.

Andei de um lado a outro, atento ao mar, tentando encontrar algo que me tranquilizasse ou que me desse a certeza de que ela estava segura, mas foi em vão, não vi nada de concreto ou que pudesse me deixar mais calmo.

Não consegui me concentrar em mais nada, a única coisa que eu tinha em mente era a louca desvairada da Alícia. Ela não sabe o quanto me deixou furioso e puto com essa atitude imatura. Como ela pode pular do barco desse modo?

Respirei longamente, impaciente, tenso e pensando seriamente no que eu faria com ela quando a visse. Seria, sem dúvida, um exercício de autocontrole que eu teria para não a esganar, mas isso não vai ficar assim, ela merece um corretivo.

Já impaciente, incapaz de esperar por resposta, questionei:

— E então, Alencar?

— Está difícil, senhor, acho que ela não está em um local que tenha área de cobertura.

— Que porra de rastreador é esse, Alencar? Eu pedi o melhor possível, eu quero saber os passos dela 24 horas por dia.

— Era o que estava ao nosso alcance. Foi o que conseguimos inserir no celular dela por intermédio da Fátima. Eu consegui encontrar, espere... — ele fez uma pausa: — Parece que ela está em alto-mar e se aproximando da costa, pela velocidade, deduzo que esteja em algum tipo de embarcação.

Enrico Millani - Volume I - PAUSADOOnde histórias criam vida. Descubra agora