Capítulo 8

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Ela gargalhou debochadamente, as pessoas nas mesas ao redor nos olharam de imediato

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Ela gargalhou debochadamente, as pessoas nas mesas ao redor nos olharam de imediato. Odeio escândalos, tive de me conter para não calar a boca deliciosa dela com a minha.

— Você é um ótimo piadista — quase ela não consegue falar de tanto que ria.

— Não é piada, Alícia, você se casará comigo.

— Não, não. Definitivamente, não. Você não faz meu tipo e não tenho interesse nenhum em me casar nesse momento, ainda tenho muitos orgasmos para viver e pênis para conhecer.

Eu detestava o modo como ela falava, principalmente quando esfregava na minha cara que seria de outros homens.

— Não estou te pedindo em casamento, estou lhe propondo um acordo, e você é muito desbocada — adverti nada satisfeito.

— Um acordo? E o que te faz pensar que eu aceitaria esse acordo?

O momento alto da noite! Retirei o papel do bolso e o entreguei, e dessa vez o sorriso que estava evidente era o meu.

— O que é isso, os termos do acordo?

— Não, é a confirmação de sua assinatura — disse enfático.

Ela abriu e ao perceber que se tratava da hipoteca do apartamento dela, balançou a cabeça negativamente enquanto lia e relia incontáveis vezes, incrédula, e por fim me olhou com ódio nos olhos.

— Por que você fez isso? Você é um desgraçado miserável, Enrico. Que tipo de louco psicopata é você? Que loucura é essa, acho que estou sonhando, me belisca que preciso acordar desse pesadelo — ela gesticulava e falava muito nervosa.

— Calma, Alícia. Eu preciso de uma esposa, e você do seu apartamento, simples assim. Você casa comigo para que eu consiga o visto permanente, e eu te devolvo a escritura do seu apartamento quitado e em seu nome.

— Por que logo eu? O que eu te fiz para você ferrar comigo?

— Alícia, não seja ingênua. Não estou ferrando com você, estou te ajudando. Você demonstrou muita competência, caráter e responsabilidade. E eu, como CEO de um grupo mundialmente conhecido, não posso me casar com qualquer pessoa — bebi mais um gole do vinho. — Pesquisei sobre sua vida e investiguei tudo antes de conhecê-la pessoalmente no Carnaval, você mora sozinha e seus parentes mais próximos moram fora do Brasil, não tem ninguém para dar satisfações de sua vida, é a candidata perfeita. Naquele dia pedi ao cupido que me prendesse a você antes que você beijasse outra pessoa, e a noite que passamos juntos, bem, não foi planejada, aconteceu. Mas foi melhor assim, já que eu não durmo com a mesma mulher por mais de duas noites.

— Você é um filho da mãe.

O xeque-mate foi dado, ela não tinha saída e eu teria um prazer extra ao ouvi-la dizer "sim" para o nosso acordo. Não era sentimentalismo barato, pelo contrário, era somente pelo simples motivo de contrariar uma opinião dela.

Enrico Millani - Volume I - PAUSADOOnde histórias criam vida. Descubra agora