Capítulo 5

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Enquanto retornava à minha suíte, olhei o aplicativo de rastreamento, mas não consegui encontrá-la

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Enquanto retornava à minha suíte, olhei o aplicativo de rastreamento, mas não consegui encontrá-la. Liguei para o Alencar, que não demorou pra atender.

— Alencar, a Alícia está em casa? Não estou conseguindo rastrear o celular dela.

— Sim, ela não saiu, creio que está desligado, pouco depois que ela chegou perdi a comunicação.

— Certo, eu chego aí em uns 15 minutos e você está liberado.

— Tudo bem, você acha prudente retornar para São Paulo agora? Não quer que eu fique um pouco mais, pode precisar de mim mais vezes.

— Verdade. Fique por enquanto até segunda ordem.

— Certo. Até mais, senhor.

— Até mais e obrigado, Alencar.

Tomei um banho, passei no bar e comprei uma bom vinho e saí em direção à casa dela. Meu primeiro obstáculo seria a portaria, mas eu seria convincente o suficiente para me permitirem subir sem ser avisado.

Cheguei em frente ao edifício dela, buzinei para o Alencar, que estava do outro lado da rua estacionado de guarda, ele ligou os motores e partiu, estacionei e fui em direção à portaria.

— Boa noite, eu sou um velho amigo da senhorita Alícia Lins, sou italiano e retorno amanhã para o meu país, gostaria muito de falar com ela, mas queria surpreendê-la, posso subir sem ser anunciado?

— Eu não posso fazer isso, senhor, desculpe, é contra as regras do condomínio.

— Eu posso deixar o meu passaporte aqui com você e se quiser, ligue para confirmar daqui uns dez minutos, é só o tempo de eu chegar à sua porta, tudo bem?

— Não acho um boa ideia, posso perder o meu emprego.

— Escute, eu conheço a funcionária da Alícia, a Fátima, ela já nos viu juntos, ligue pra ela e diga que eu estou aqui na portaria, ela vai confirmar que nos conhecemos — peguei o meu celular e direcionei para ele. — Fale com ela, por favor.

Ele olhou o meu documento atentamente, verificou que eu estava falando a verdade quanto à minha nacionalidade e liberou a minha entrada, não muito satisfeito e ainda um pouco desconfiado.

— Tudo bem, mas peça para ela me ligar ou eu vou pessoalmente lá verificar como estão as coisas — ele advertiu.

— Perfeitamente.

Entrei com mil ideias na cabeça, mas tentei manter o controle e não ferrar tudo, a verdade era que eu ainda estava muito irritado com ela, mas precisava controlar os meus instintos.

Cheguei à sua porta, respirei longamente contendo a ira e bati na sua porta, ela não atendeu. Insisti mais uma vez com um pouco mais de força e enfim eu ouvi passos em direção à porta e o mecanismo da fechadura girar.

Enrico Millani - Volume I - PAUSADOМесто, где живут истории. Откройте их для себя