-Gerard, eu te disse que hoje o doutor Iero não estava gentil, por que está aqui?_era enfermeira Alicia, que veio até a recepção com seu tom de leve indignação e cansaço.
-Boa tarde pra você também, Alicia._o homem vestido de gato rosa respondeu, sentado confortavelmente na cadeira dura e fria_Não te contaram que a esperança é a última que morre?
-Você pode por favor retirar essa máscara estranha? Eu não consigo te levar a sério usando isso.
-Não me leve a sério, então._ele retirou a cabeça de gato_A vida é uma criança, ora. E é por isso que estou aqui.
-E já tem que ir embora. O doutor Iero deixou bem claro que não ia deixar ninguém da caravana entrar hoje.
-Pelo menos ele aprendeu o jeito correto de nos chamar, já é algo positivo!
-Toda semana você e seu grupo de palhaços estão aqui enchendo o saco dele, não tem como não aprender o jeito certo de chamar vocês.
-Não somos todos palhaços, ok? Mas se você nos chama assim porque trazemos alegria, acho que aceito o apelido.
-Gerard, não seja tão convencido e cai fora.
-Ei, peraí, eu não vou embora, Alicia. As crianças desse hospital não vão deixar de ter seu alívio semanal porque o doutor Iero está chateado._zombou_Eu não sei porque ele quer impedir nossa entrada, e eu não saio enquanto não falar com ele.
-Não complica, é sério. O dia está sendo difícil pra todos nós.
-Alicia, ele nunca nem veio nos cumprimentar, só autoriza. O que custa fazer isso de novo?
-Ele acha melhor as crianças descansarem por hoje.
-Fala sério._estava indignado_Essas crianças passam a semana inteira presas na cama de um hospital sem graça e sem diversão, muitas delas fazendo tratamento intensivo e outras sendo abandonadas pela família. Elas descansam todos os dias,mas às sextas-feiras curtem com a gente.
-Você está sendo muito duro conosco, Gerard. Nós fazemos tudo o que está ao nosso alcance, entende? Mas pra você, nós sempre seremos os chatos e sem graça porque traçamos rotinas de alimentação, remédios, banho..._lágrimas brotavam de seus olhos_E vocês quem são incríveis, porque vêm aqui uma vez na semana e encontram quase quarenta crianças tristes por inúmeros motivos e fazem daquele dia, o dia feliz. Mas a verdade é que estamos aqui todos os dias e...
-Eu sinto muito se fiz parecer que seu trabalho é pequeno,_ele olhou para baixo, envergonhado_eu não tive a intenção...
-Mas é assim, Gerard._ela enxugou as lágrimas_Quando um dos nossos pacientes mirins morre, a equipe médica responsável é a culpada, não a caravana sorridente das sextas feiras.
-Alguma delas morreu?_questionou triste_Por isso você está estranha e o doutor não quer nos deixar entrar?_ele se levantou e foi até a mulher, pousando carinhosamente uma das mãos no ombro dela, lutando contra a vontade de abraçá-la.
-Eu não posso ficar vazando informações confidenciais._ela sorriu um sorriso cansado, mas brincalhão.
-Você nem é dá polícia._ele debochou.
-Mas trabalho com um homem juramentado. E esse homem está frustrado com os resultados do trabalho de sua equipe.
-Me desculpe.
-Ele está ameaçado de perder o cargo._ela disse, terminando de enxugar as lágrimas_Se ele é substituído, a equipe inteira é demitida também, ou seja, logo fico sem emprego. Isso é o de menos, sabe? E as crianças?
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Action Cat [Frerard]
FanfictionShortfic Frerard onde Frank Iero é um pediatra, chefe da ala hospitalar infantil e tem seu cargo ameaçado. E Gerard Way é um artista que faz apresentações para crianças em hospitais da cidade com a personagem Lola. A paixão pelo público infantil é o...