8 - Teatro

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Gente antes de lerem, cheguem aqui rapidin. Eu percebi que o fandon shipper de Xichen e Cheng é enorme, e eu to nele, mas quando pensei no enredo dessa história eu precisava de uma personalidade mais acuada, então Ning foi minha opção ( e eu amo ele, então queria um pouco de destaque pro meu BB ).

Não se preocupem, estou planejando alguns mimos dssse casalzão para vocês em uma nova fic.

... ... ...

Jiang Cheng estava em seu limite.

Ele se sentia como uma garrafa cheia de gás, que foi agitada por um longo período, e alguém ousava abrir a tampa.

Quando virou em um dos corredores, afim de dar logo um fim a ridícula ronda noturna, que nunca resultava em nada, ele sentiu um peso batendo diretamente em seu queixo e lhe empurrando para trás.

Ele jurou que foi possível ouvir o Ploc da tampa no chão.

- Ning. - Seu tom não foi estridente como ele verdadeiramente se sentia, mas isso só mostrava que o alvo deveria tomar mais cuidado.

O outro, estava jogado no chão após o impacto, e não fazia qualquer sinal que pretendia levantar tão cedo. Cheng se sentindo ignorado - uma das coisas que ele mais odeia, logo abaixo de ser comparado a alguém - o puxa pela gola e cerra o maxilar.

- Porque você esta em toda porra de lugar?

Seus olhos só estreitam mais, quando Ning não o olha.

- Porque você esta me ignorando?!! - A pergunta termina quase sendo gritada.

- Você acha que eu quero ficar me encontrando com você também? - o garoto finalmente o responde, ainda que seu olhar se mantenha longe - Eu já pedi desculpas, e já pedi para me deixar em paz, eu também não quero ficar na sua presença.

A frase foi dita de forma trêmula,  Cheng não era o único no limite.

- Nem quem diz gostar de mim, me quer por perto afinal. - As lágrimas deram sinal de chegada com o tremor no queixo, ele as segurou não querendo desabar logo na frente de Cheng, então segurou as mãos que amassavam sua blusa, pela forma agressiva que a segurava.

- Ei, não ouse chorar de novo. - Cheng o soltou, assim que sentiu seu toque. Ele realmente não queria entrar em pani por ver alguém chorando novamente.

- Porquê? No fundo é só isso que eu faço. - Ning se sentou novamente no chão, como se não tivesse forças o suficiente para se sustentar.

Engolindo toda a ira crescente, Cheng sentou a sua frente.

- O que houve? - Parece que essa pergunta foi o abridor de tampas para Ning.

- O que houve? - Ele repetiu a pergunta, refletindo sobre ela, e sabia que não seria mais capaz de segurar as lágrimas, pensou que se fosse para ser patético, que fosse na frente de quem já tinha essa opinião ao seu respeito.

- Eu não sei quem eu sou - a voz saiu em um sussurro, Cheng não conseguiu conter um revirar de olhos, tantos anos se passaram e ele ainda tinha que lidar com crises existências alheias - eu tentei tanto... Tanto mudar.

A respiração já não se mantinha em um fluxo normal, e o primeiro de muitos soluços foi liberado.

- Queria que ele tivesse orgulho de mim, que olhasse para mim, como eu sempre olhei para ele.

Cheng suspirou entendendo o porque do surto, e sabendo que não seria de ajuda alguma, já que sua experiência em romances era quase nula.

Ning negou com a cabeça, como se discordasse de si mesmo.

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