56. Os Quartos

1.2K 69 3
                                    

Andavamos divagar pelo quintal da casa. Caius, que minutos antes se prendia á meu braço, dera lugar a minha avó que já dera início a suas velhas histórias sobre mim.

--E Luiza corria pra cá e pra lá.-- apontou para alguns canteiros de flores.-- Uma vez, ela disse ter visto um cachorro grande ali.-- continuou vovó apontando para uma parede de mosaicos. Apesar de minha memória perfeita, eu pouco me lembrava de meu tempo humano e não fazia ideia de que história era aquela.-- Ele era marrom e Luiza disse que seus olhos eram humanos. Mas ela só o vira uma vez, não é querida?

Primeiro a lembrança. Pelo modo como a avó falou, o lobo se tratava de Seth -- eu não tinha dúvidas. Depois olhares curiosos me cercaram. Eu não tinha respondido.

--Ah claro. Eu me lembro do "cachorro/lobo".

--Bobagem.-- disse minha avó, tímida.-- Não existem lobos aqui, é só imaginação.

Os Cullen e Gabi caem na gargalhada. Menos Jacob e Caius que sabiam o suficiente de quem se tratava.

--Nós sabemos.-- diz Esme, gentil.-- Não é típico do Brasil e muito menos Minas, de existir cachorros lobos. Luiza tem uma imaginação fértil, mesmo.

Imaginação Fértil. As palavras brilharam em minha mente.

--Chegamos a casa oficial!-- anuncio, rindo um pouco. O clima ainda estava tenso. Jasper?, o chamei mentamente. O desejo se realizou.

Sim?
Jasper! Percebeu o clima?
Mais é claro., ele responde como se fosse óbvio.
Faça alguma coisa!
Ah claro. Desculpe-me.

E percebo -- rapidamente-- o clima pesado se transformando em um mais leve e tranquilo.

Obrigada. E cancelo o desejo.

A casa estava quente e acolhedora -- apesar de que para mim não fazia diferença. Logo na sala, eu vi tia Anastácia com sua neta, minha prima segunda.

--Tata! Tata!-- exclamou a bebezinha de olhos azuis como o mar. Seus cabelos se destacaram, eram ruivos como fogo. Quando a vi da última vez que visitei Minas, ela tinha apenas um ano e seus cabelos pareciam pretos como carvão. O carvão pegou fogo, ironizei mentalmente.

--Oi fofinha!-- eu digo e a agarro. Ela é muito fofinha!--Tia! -- falo e a abraço também. Minha Tia é muito fina, então nosso abraço dura três segundos.

--Que saudades, Luizinha.-- diz minha tia--Você só tinha dez anos quando veio aqui da última vez.

-- Ah.-- mas era uma meia vampira de quatorze anos mental.

Então, cada um cumprimenta Anastácia e Marina (a criancinha) e Rose explicou o que Carlisle tinha dito mais cedo. Eu estava nervosa, enganar minha tia era muito difícil.

--Sei que não é muito, mas dou a vocês dois dias.-- respondeu minha tia.

--Obrigada tia por deixá-los ficar.-- eu agradeço.-- Pode deixar que eu mostro...

--Espera. Cade as malas?-- interrogou tia Anastácia. Ah não!

--Ficaram presas no aeroporto.--eu solto, rapidamente.

--É verdade, amanhã temos que ir lá as oito da manhã.-- menti Edward.

--Hm.-- é tudo que titia responde.

<>
Os quartos eram bem confortáveis, mas eram só 6. Edward e Bella ficaram do primeiro, Jasper e Alice no segundo, Carlisle e Esme no terceiro, Jacob e Nessie no quarto. Foi quando Gabi disse que queria ficar Rose e Emmett no quinto quarto.

--Certeza Gabi?-- perguntei. Ela piscou pra mim.

--Certeza.-- respondeu Gabi. E só de olhar, eu entendi : Quero que fiquem só. E eu respondi com meu olhar: Mas eu não quero!

E lá se foi. Eu ia ficar sozinha com Caius. Isso é bom, disse uma parte de mim, Vocês não podem sair se beijando sem ter status de relacionamento.

Segui em direção ao quarto e Caius já estava lá. Assim que passei, tranquei a porta e voltei aos meus dezessete anos. Odeio parecer nova perto dele. Observei o quarto, era todo branco. Havia duas camas de casal, uma cômoda e uma poltrona branca.

Me sentei na cama fazia e encarei a figura forte e pálida de Caius. Ele estava relaxado na cama, encarando o teto.

--Caius? Precisamos conversar.-- eu inicio. Ele me encara, acolhedor.

--Não gosto da frase, mas realmente precisamos conversar sobre nós.-- ele concorda.

--Bom, você terminou comigo no campo...

--Eu estava cego de ciúmes. Eu fiquei bravo, mas não terminei com você.-- meus olhos brilharam.

--É... é verdade?-- eu perguntei.

--Sim. É verdade.-- ele respondeu. Pulei pra cama dele e o beijei. Ele retribuiu o beijo de uma forma muito quente. Ele desceu beijando meu pescoço e agarrando minha cintura. Eu sabia o que vinha depois.

--Caius.-- o chamei.-- Eu não to pronta.

Ele instantaneamente para.

--Desculpe.-- ele diz.

--Tudo bem. Eu também queria mas... Não é o momento nem o lugar.

Ele ri. Então continuamos ali, de conchinha na cama, conversando um pouco.

Anoitecer [SEM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora