Capítulo 4

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Anteriormente :

- Oi moça, estou aqui - ele estalou o dedo e eu voltei pra realidade.

- Ah oi, você quem é? - olhei meio intrigada querendo descobrir quem é o doido que me impediu de ajudar minha amiga e que mesmo sem conhecer já me deixava confortável.

*****

Aquilo tudo estava me irritando e é óbvio que nem eu sei o que é aquilo tudo porque não tinha absolutamente nada acontecendo, ele apenas virou e foi em direção a mesinha, se sentou na grande  cadeira afofada que ficava de frente pra porta e ficou ali me observando. Eu como uma bela pessoa irritada cruzei os braços e fiz a maior carranca que pude ao olhá- lo, era quase impossível não se derreter. Pude notar a cor dos seus olhos  e eram de um castanho,  que não era escuro mais também não chegava no claro, impressionante!

Ele por sua vez, estava relaxado com as pernas cruzadas e as mãos sobre o braço da cadeira, parecia dono do lugar.

- Vai me responder ou vai ficar me olhando com essa cara amassada de fubá estragado? - estava furiosa e a essa altura eu já estava sobre a mesa com as mãos apoiadas nela e encarando aqueles olhos magníficos  de igual pra igual. Tá certo que me senti confortável com a presença dele  mais aquela observação em cima de mim e silêncio estava acabando comigo.

- Posso ser uma vacina de ânimo, um monstro para seus pesadelos, o bom moço que te salva de uma briga na boate - ele deu o meio sorriso. Afinal, era só isso que ele sabia fazer? Sorrir? Bufei totalmente fora dos eixos. - O que você escolhe bela dama? -

Bela dama? Ah faça-me o favor! Me estiquei ao máximo sobre meus saltos, para mostrar a postura que tenho continuei encarando aqueles olhos que a essa altura já estavam com uma cor diferente e eu não soube distinguir o porque, uma sobrancelha dele estava arqueada e ele me olhava tranquilamente, parecia até um detetive. Aquilo estava passando dos limites e me deixando profundamente excitada. É isso mesmo? Paro e penso no que disse, meu Deus não é possível, não, não, não!

- Quero o seu nome, o porque está tão a vontade nesta sala, o motivo por ter me tirado da pista daquela maneira. Pode começar a explicar. - Minha vontade era de gritar eu estava frustrada além de  excitada e eu nem sabia o porque, meu Jesus ele nem faz o meu tipo.

- Me chamo Erick - ele apoiou os braços sobre a mesa e eu pude sentir o cheiro do seu perfume. - Essa sala também é minha e por isso estou tão a vontade aqui.

- A sala é sua? - Acho que tava com um ponto de interrogação na cara porque ele deu uma gargalhada tão gostosa que até eu acompanhei no sorriso.

- Sim Beatrice, sou sócio, primo e amigo do Noah e quando ele resolveu investir na boate eu quis participar e ajudar.

Fiquei ali parada olhando pra ele sem reação e tentando colocar ordem nos meus pensamentos. Aquele ser parado na minha frente, se chamava Erick, era sócio do noivo da minha melhor amiga, me salvou de uma confusão que nem tinha entrado e eu ainda não sabia porque ; e como diabos ele sabia meu nome? Tem algo errado nisso.

- Como sabe meu nome Erick?

- Te vi chegar e procurei pelo seu nome na lista, não foi difícil, você está acompanhada pela noiva do meu sócio!

- E porque esse interesse todo em mim?

- Linda, sexy, dona de si, posso até julgar como amor a primeira vista.

- Amor? Você mal me conhece. -Dou risada do que ele fala.

- Mas posso conhecer! - Ele se levantou, deu a volta na mesa e parou de frente pra mim, ele estava sério e me encarava como se fosse um falcão prestes a atacar sua presa. Aquilo foi me enfraquecendo aos poucos e antes que a merda fosse parar no ventilador eu me firmei no pouco de forças que ainda tinha e sai dali, sem mais palavras, sem olhar pra trás, sem querer entender qualquer outra coisa. E a última coisa que ouvi foi o sussurro da voz daquele homem

- Você ainda vai implorar por mim Beatrice.

Inferno ParticularWhere stories live. Discover now