Capítulo 5 - Parte 2

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- Calma senhorita. - já não gostei dele, calma, calma, como calma? - O caso da dona Bárbara não foi tão grave, ela teve um corte meio profundo do lado esquerdo do rosto, demos 15 pontos e aplicamos um sedativo para dor. - ele analisou a tal folha que estava em suas mãos
e voltou a olhar para nos. - A pancada que ela levou na cabeça não foi grave. Quando ela acordar talvez sinta um pouco de dor, e por esse motivo vou deixá-la em observação e tomando medicamento na veia essa noite. Vocês podem

decidir entre vocês quem vai acompanha-lá e ir até a recepção fazer o crachá de liberação para os quartos. - ele arrumou os óculos em seu rosto que até agora eu não havia reparado nos cumprimentou com um aceno e saiu.

Sinceramente? Tô aliviada pra Caralho. Se tivesse acontecido algo de pior com a minha amiga eu iria atrás dessa tal Samantha até no inferno. Virei pra olhar Noah que estava falando no telefone perto de uma janela que tinha no fim da sala onde estávamos, não quis ouvir a conversa, não sou o tipo do fofoqueira. Mais ele estava falando tão alto que foi impossível não ouvir.

- Eu quero saber com que porra de autorização essa vaca entrou na minha boate. Foda-se Erick, ela podia ter deixado minha noiva cega, e que porra de garrafa foi aquela que voou em cima da Babi? Ah você não viu? Mais eu vi e vi muito bem. Não eu não quero que você venha até aqui eu quero que você fique aí e arrume todo o estrago que foi feito. Não, não, vou passar a noite aqui no hospital, qualquer coisa me mantenha informado, amanhã nos vemos na casa da nona.

E eu com a mais cara deslavada do mundo sorri pra ele quando o mesmo se virou eu sabia que ele devia está cansado e acabou de dar um esporo

dos grandes em Erick, me ofereci e disse que se ele precisasse ele poderia ir que eu ficava ali com Babi, até porque não pensei por um milésimo de segundo deixar minha amiga ali. Por mais que não seja algo grave e ela só esteja dopada pela dor que iria sentir se acordasse eu jamais a deixaria sozinha.

Comecei me lembrar de quando éramos mais jovens e eu quebrei a perna na escola, a menina parecia homem, me carregou do terceiro até o primeiro andar. Levou-me para o hospital e ficou comigo segurando minha mão como se eu ainda fosse uma criancinha de 4 anos que tem medo de agulha. Já passamos por tantas coisas juntas. Estamos em Setembro e até mês passado nós morávamos juntas. Mais Noah decidiu que não era legal ele ficar dormindo lá ou ela na casa dos pais dele, eles juntaram dinheiro compraram um apartamento e estão morando juntos desde então.

Às vezes sinto saudades das nossas loucuras de morar juntas mais sempre que preciso e só ligar. E como nos vemos o dia todo no escritório e às vezes no fórum é até fácil não sentir saudades.

- Bea, o Erick achou sua bolsa. - ele estava tentando analisar minha reação, mais que merda, ele sabia que eu estava com Erick? Como? - Depois se quiser eu levo pra você.

- Ah, ok. Obrigada Noah. - curta, grossa e com um sorriso amarelo no final.

****

Uma semana já tinha se passado. Babi já estava melhor, só não tinha ido trabalhar ainda. Pediu uns dias de licença, alegou problemas na família, mais eu sabia que era só pra não enfrentar perguntas chatas do meu pai querendo saber o que havia acontecido.

Hoje já é quinta feira, eu estou exausta, essa semana foi um processo atrás do outro e eu estava loucamente desejando a minha cama.

- Beatrice, preciso de você me representando em um caso daqui meia hora, no fórum do Centro, a cliente se chama Lauren North, e processo familiar mais você se sairá bem, o Juiz já foi avisado sobre a sua presença e te aguarda para o começo do caso. Os papéis já foram encaminhados e minha secretária vai com você para te colocar a par do caso durante o caminho. - sim esse é o meu pai. Alberto Lanbertini. O cara mais doce, amável e carinhoso do mundo (mais só em casa e comigo).

- Ok. Estou indo. - Peguei minha bolsa e alguns documentos, quando saísse de la, iria direto para casa relaxar, o trânsito não estava tão ruim chegamos no fórum em menos de 40 minutos, a louca da Renata não parou de falar um segundo sobre a pensão que tinha que ser maior que a

filha do casal era deficiente e precisava de tratamentos e remédio caro e blá blá blá... Sinceramente não sei porque meu pai insiste em me colocar nesses processos familiares se decidi que gosto e fiz o criminal.

Meu celular tocou e eu vi o nome Erick na chamada, mais uma vez Senhor Boston vá para caixa de mensagens!!! Depois do acontecido na boate, não vi mais ele, só que os sonhos eróticos que tenho tido com ele. O cheiro do seu perfume que mesmo sem sentir eu sinto (sei isso é muito estranho). Mesmo sem atender as ligações dele eu ouço todas as mensagens deixadas na caixa postal e me derreto com todas elas. Realmente não sei o que há de errado comigo..

Inferno ParticularWhere stories live. Discover now