Inferno Particular

Capítulo 16

Quando acordei já estava em casa, estava tonta mais percebi Erick, papai, tia Ivy, Barbara, Noah, a minha princesinha Samantha todos me analisando com sorrisos bobos no rosto. Eu estava me lembrando, comecei a lembrar das palavras, de como desmaiei, o motivo, AI MEU DEUS.

- Cadê ele, cadê o Gabriel?

- Calma filha, os papéis da adoção já foram preparados a certidão de Nascimento com os nomes de você e Erick como pais do menino já está sendo providenciada e até o fim da tarde você poderá buscar o pequeno Gabriel.

Sorri e chorei ao mesmo tempo, eu estava tão feliz, tão satisfeita, ainda não tinha caído a ficha de que essa noite eu teria uma criança andando pela casa, que essa criança a qualquer momento poderia me chamar de mãe. Sim qualquer momento pois ele é criança, precisa entender as coisas e não vou obrigar ele me chamar de mãe, seria o máximo mais ainda sim prefiro antes ter uma conversa da qual a idade dele permite e explicar tudo direitinho. Não quero que ele se sinta forçado a nada quero que ele faça tudo o que quiser por livre e espontânea vontade!

O pessoal ficou lá na sala em uma conversa calorosa sobre os preparativos de uma pequena festa de boas vindas que iremos fazer ao pequeno. Eu subi passei pelo quartinho que eu Erick arrumamos para ele, as paredes eram em tom Verde claro, uma cama que o formato era um carro, tinha o guarda roupa na cor branca com várias roupas novas dentro, no outro canto do quarto a parede era toda cheia de adesivos tinha jogadores de futebol, bola, as traves, isso foi o Erick que fez porque por mais que eu assista futebol nunca me apaguei em detalhes. Erick e Gabriel quando conversaram sobre futebol chegaram a conclusão de que aqui no Rio de Janeiro os dois são flamenguistas eternos então todos os bonecos e a bola que eram brinquedos para ele estavam uniformizados pelo Flamengo e a bola era preta e vermelha com o símbolo enorme do time. Havia também um baú cheio de brinquedos e um tapete de números e letras onde ele poderia brincar e aprender ao mesmo tempo. Me perdi em pensamentos quando meu amor apareceu.

- Boneca está pensativa? Espero que não tenha se arrependido de nada. Já está quase na hora de ir buscar o nosso meninão e está tudo pronto lá em baixo, confesso que parece mais um aniversário.. sua tia e Babi fizeram até lembrancinha e chamaram as mães e crianças daqui do condomínio.

- Essas duas viu, não tem jeito. Arrependida do que meu amor? Jamais só vim observar e tentar conter a felicidade imensa que tem aqui no meu peito. Eu não sei como explicar tudo o que estou sentindo e como estou realizada. E tudo graças a você, como você me completa eu te amo, amo muito meu amor.

- Você é a rosa do meu jardim mais aquela de plástico que é eterna e tem um perfume doce que está gravado em mim no meu coração, na minha alma, essa é só mais uma etapa que estamos concluindo, um sonho sendo realizado. Eu te amo princesa. Muito.

Nos beijamos ali apaixonadamente. Senti amor, paixão, cumplicidade, desejo, felicidade, carinho, tudo em um beijo, não sei como foi capaz mais nosso amor era tão grande, tão lindo que as palavras eram apenas palavras perto de tudo aquilo. Paramos o beijo ele disse que iria arrumar mais ali no quartinho e eu fui tomar um banho e me arrumar para ir buscar o Meu filho estava encantada de poder dizer isso. Tomei um banho, coloquei um vestidinho solto florido e uma rasteirinha branca de laço. Eu estava ansiosa nervosa, me olhei no espelho e me senti renovada. Babi bateu na porta me avisando que Erick estava no carro me esperando para ir buscar o pequeno e que ela, Noah e todo o pessoal ficariam esperando as crianças e suas mães do condomínio chegarem para quando o Gabriel chegar estar tudo perfeito e ele se sentir acolhido.

Eu e Erick fomos conversando o caminho todo e quando chegamos em frente ao lar de adoção em que ele estava pude ver ele parado com a assistente social e a administradora do lar. Ele estava lindo com uma bermuda verde, camiseta branca e uma mochila pequena em suas mãos. Erick estacionou o carro e quando desci minhas pernas já não me obedeciam eu estava feliz, nervosa, sem saber como agir, meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu tremia feito louca, já Erick mesmo emocionado teve sua postura firme e mantivemos o sorriso da mesma largura no rosto. Quando Gabriel viu a gente caminhando até ele sorriu de igual para nós dois, olhou para assistente e quando ela concordou com a cabeça para o garoto ele correu, correu e pulou em meus braços. Meu Deus como eu esperei por esse momento.