Capítulo 36

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- Noah. — Ela protesta com um tremor em sua voz. — Não. Há pessoas...

Eu a silencio quando os meus dedos roçam a borda de sua saia. Eu não paro... eu estive
carregando essa tensão sexual há anos.

Eu comecei a ter esses sentimentos por ela quando nós tínhamos cerca de dezesseis anos. Eu os ignorei o tanto quanto foi possível, porque eu sabia que ela iria enlouquecer se ela descobrisse. Alguns beijos roubados aconteceram que eu fiz de brincadeira, mas a noite na ponte, quando eu finalmente revelei a verdade, mudou tudo. Ela enlouqueceu do jeito que eu temia. Logo depois de ela ter ido embora, eu dormia com todo mundo, tentando me livrar da fome dentro de mim, mas depois de um tempo, eu percebi que não iria adiantar. Sina havia tirado algo de mim e não havia como conseguir de volta, a menos que eu a tivesse.

Então eu deixei minhas mãos subirem pela borda de sua saia e seus dedos se amassaram nas minhas coxas. Eu me pergunto até onde eu devo levar isso, já que nós estamos sentados em uma cabine em um local lotado, e eu quase desisto, mas uma de suas pernas vão para o lado, e eu vejo isso como um convite aberto.

- Tudo bem, é hora para o microfone aberto. – A garçonete que me despiu com seus olhos fala no microfone no palco. – Se você ainda não se inscreveu, você ainda pode fazê-lo com o Phil logo ali. — Ela aponta seu dedo para o dono, um homem de meia-idade sentado no canto próximo aos alto-falantes.

- Eu acho que essa é sua deixa. — Sina se levanta rapidamente, achando que ela escapou.

Antes que eu siga para me inscrever, eu abro meus dedos na parte inferior de suas costas e sussurro em seu ouvido.

- Não pense que isso acabou porque não acabou.

Ela estremece e eu caminho até a mesa com um sorriso satisfeito em meu rosto.

- Bem, filho da mãe, — Phil diz atrás da mesa. Ele é um ex-membro de uma banda de cover dos anos 80 e ainda parece que ela se encaixa naquela década com o seu mullet e
roupas de cor neón.

- Olha o que o cachorro trouxe pra dentro.

- Sentiu tanto a minha falta, hein? — Eu escrevo meu nome no papel de inscrição.

-Você está brincando comigo? – ele pergunta. — Tudo o que nos tivemos que ouvir nesse últimos meses foi música de banjo e uns dois hippies tocando bongos. Eu juro que é como Woodstock tudo de novo.

Eu rio, derrubando a caneta na mesa.

- Bem é bom saber que sentiram minha falta, eu acho.

Phil mexe com o volume dos amplificadores.

- Mais do que sentir falta. Por favor, me diga
que você vai começar a tocar aqui de novo. Eu estou com uma necessidade desesperadora de atrair gente. Esse lugar está indo por ladeira abaixo.

Eu sorrio educadamente, recuando em direção à mesa.

- Não, provavelmente não. Eu não!acho que vou ficar aqui por muito mais tempo. Eu tenho lugares para ir, pessoas para ver.

No meu caminho de volta à mesa, eu cruzo o caminho com a Naomi. Ela é a filha do Phil, alta, com cabelos longos pretos, e ela é uma cantora incrível. Eu costumava tocar com ela antes de ela cair na estrada com a banda. Nós na verdade éramos bem próximos, mas eu não havia falado com ela desde que Sina foi embora.

- Ah meu Deus, estou tão feliz por ter te encontrado, — ela diz e há um pouco de batom vermelho em seus dentes.

- Não estão todos? – eu provoco andando pra trás.

Ela ri e dá um tapa no meu braço.

- Eu vejo que você ainda tem toda essa atitude convencida acontecendo.

Eu paro de brincar.

- Então você está de volta?

- Sim, mas apenas por algumas semanas. Nós podemos conversar depois que você
tocar? Há algo que eu realmente quero falar com você a respeito. Algo gigante na verdade.

- Como você sabia que eu iria tocar? —
Ela aponta um dedo para a mesa. — Eu acabei de ver você se inscrever.

- Tudo bem, eu te vejo depois. Eu me despeço, me perguntando o que ela
possivelmente poderia querer.

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𝘁𝗵𝗲 𝘀𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁 (𝗰𝗼𝗻𝗰𝗹𝘂𝗶𝗱𝗮)Where stories live. Discover now