Eles eram tudo de mais oposto que já existiu, um da luz, outro das trevas. Poderiam ser considerados a definição da literatura barroca, complexos e de universos complemente diferentes.
Filho de Hades, Kim Taehyung poderia ser descrito como a personi...
"Me matando devagar, do lado de fora da janela Eu estou sempre esperando que você esteja esperando lá embaixo Demônios jogam os dados, anjos reviram os olhos O que não me mata me faz te querer mais."
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Sabe aquelas momentos da vida que você fica parecendo uma estátua olhando pra um ponto fixo mas ainda assim não prestando atenção nele?
Jungkook estava assim.
Dias atrás dizia pra si mesmo que nunca iria se deitar com Taehyung, não iria deixá-lo o tocar e nem cair na lábia que ele tinha. Mas, ali estava ele, não diria que estava a mercê de Taehyung porquê não estava, conquanto ele queria ser tocado, queria que o outro o fizesse sentir coisas que nunca ninguém fizera. E também queria provocar, testar todo o ser de Taehyung levá-lo ao seu limite e depois destrui-lo.
Eles gostavam de jogar entre si e ainda demonstravam sem perceber o sentimento confuso que os dois nutriam.
A mão de Jungkook pousou na cintura do Kim, deslizando a palma pelo local enquanto olhava para a sua própria mão trilhando um caminho pelo corpo beijado pelo sol. Sentia a pele morena se arrepiar enquanto passava sua mão pelo peitoral até a bochecha de Taehyung, acariciou, não sabia exatamente porque estava fazendo aquilo.
Taehyung estava paralisado, esperando e observando as atividades de Jungkook. Vendo-o olhar finalmente, de uma maneira que não conseguia descrever, uma maneira intensa.
O teor sexual ainda estava ali, era óbvio, mas existia uma áurea sentimental. Os corações insistiam em diminuir o sentimento gigantesco que fluía, mas todos que os vissem diriam que não pareciam nada menos do que duas almas completamente apaixonadas. Poderiam dizer que estavam indo rápido demais, não podiam ter desenvolvido um sentimento em tão pouco tempo.
Mas tinham.
- Você é a coisa mais perfeita na qual eu já botei os olhos, eu sei, que nem daqui mil anos eu vou ter conhecido alguém tão bonito e unico quanto você.
Os dentes avantajados de Jungkook se mostraram em um gigantesco sorriso. Kim não sabia como soltara oração tão melosa como aquela. Via seu universo aos poucos ir rodando ao redor de Jungkook, como se ele fosse o seu sol, o brilho do seu ser tão obscuro e amargurado. A vida toda só teve o amor de seu pai e o carinho de Perséfone, vivendo com o fato de que sua mãe morreu quando o mesmo nasceu. Conquanto, a cada vez que os olhos brilhantes de Jungkook se encontravam com o seus se sentia de uma maneira que não conseguia explicar, quase, amado?
- Você está consertando meu mundo confuso ou deixando ele mais confuso do que já está?
E então Jungkook beijou os lábios de Taehyung, um selar simples que evoluiu quando as línguas se encontraram. Era como um selar de almas, algo tão raro e lindo. A água da piscina inundava os corpos que estavam colados, o interior também se encontrava em um mar de águas tempestiosas cheias de emoções e sentimentos confusos.
