0.1 - new blood

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Quando Jimin descobriu que fazer coisas proibidas escondido era muito mais prazeroso, ele não conseguiu mais parar.

E quando cito a palavra escondido, também quero dizer cauteloso.

Sempre esperou o carro dos pais se afastar completamente da casa. Sempre trancou a porta da frente, e também a do próprio quarto. Sempre deixou a persiana meio aberta, para caso surgisse algum sinal do casal voltando para casa, Jimin saberia.

Não queria, de jeito nenhum, que seus progenitores o pegassem no meio do ato.

Mas com o tempo, quando algo se torna um hábito, paramos de prestar atenção aos detalhes.

E os detalhes são os mais importantes em qualquer história.

Era uma sexta-feira, um pouco depois das sete da noite. Como o contexto atual se tratava do começo das férias de inverno de Jimin, o garoto não fazia questão de sair de casa, e sabia que o pedido seria recusado pelos pais superprotetores.

Nas sextas, Park Jinhee e Park Wonhyung, a mãe e pai do moreno, se juntavam com o clube do qual faziam parte, mas sempre era na casa de algum dos outros integrantes.

Felizmente, a vez da casa dos Park não havia chegado ainda, e isso significava que a residência ficava vazia quando o casal saía para a tal reunião semanal do clube. Jimin a tinha só para ela.

Ele trancava as portas, corria para o quarto, escolhia um pornô gay qualquer e se aliviava, se controlando para que os vizinhos não escutassem seus gemidos.

Ele tinha toda a certeza do mundo que se os pais o pegassem vendo pornô hétero, não teria dado tanto problema. Provavelmente, o mandariam se confessar na igreja, pedir perdão pelo pecado de desejo sexual, mas nada mais que isso.

Mas Jimin não sentia prazer pelas garotas daqueles vídeos. Ele sentia prazer pelos garotos.

No começo foi até difícil aceitar o fato de que gostava daquilo, e evitava pensar sobre, para evitar qualquer surto. Mas conforme o tempo foi passando, ele apenas se acostumou com a ideia.

Entendeu que nunca sentiria nada pelas garotas que conhecia, e que se fossem garotos, talvez a coisa fosse diferente.

Mas é claro, tudo isso, tendo pais extremamente conservadores e fanáticos religiosos.

Justo ele.

Ele não sentia a necessidade de contá-los aquele fato sobre si mesmo, e por motivos óbvios: Não havia uma alma viva naquela pequena cidade que cogitasse a ideia de que ele pudesse gostar de garotos.

E quando as pessoas não sabem que você está disponível, as oportunidades não aparecem.

Ele nunca havia se apaixonado verdadeiramente com um garoto. Mesmo que já tivesse beijado alguns e feito outras coisas, tudo em segredo.

TROUBLE MAKER ✾ jikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora