4. Sopa de Batata e Estranhos

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#OAbanarDoAmor

🐶❤️

Mais uma vez, eu me rendi aos meus sentimentos.

Quando aceitei ser consolado me rendi, também, ao perigo que vinha com esses sentimentos crescentes em meu coração. A minha mente estava nublada pela tristeza e pela solidão, e naquele momento, nada seria capaz de me confortar além do sorriso doce e gentil de Jimin. Nem o tapete de tricô. Nem meus jogos...

Eu só... queria estar com alguém.

Apesar de Jimin não saber o que está acontecendo comigo, seu discurso caiu como uma luva. Ele soou tão tão sincero e amável que eu me senti compreendido. Meu coração ficou tão, tão quente. Seu abraço, seu carinho, e a forma que sua mão tocou a minha me deu sentimentos tão calorosos e reconfortantes que eu não consegui me aguentar... Logo, eu aceitei.

E consequentemente, eu me coloquei em perigo.

Jimin me deu um sorriso calmo, fazendo minhas bochechas corarem de vergonha e meus olhos desviarem dos seus. Eu não entendo muito bem sobre relações humanas, mas tenho certeza de que não deveria chorar na frente dele. Sabe, nós nos conhecemos há pouco tempo, e mesmo assim, eu chorei em seu ombro como um bebê. É vergonhoso...

— Então vamos... — disse Jimin, segurando minha mão. Meu rosto corou mais. — Mas já vou avisando que o Frajolinha vai fazer de tudo pra lamber seu rosto. Ele ama lágrimas.

Dei um sorriso repentino, porque sua fala foi adoravelmente engraçada. Jimin não pôde me ver sorrindo por causa da minha máscara, mas percebeu meus olhos alegres e acabou sorrindo também. Ele me puxou pela mão para fora do elevador, como se eu fosse uma criancinha, e eu amei isso. Por um momento, desejei que seus dedos não soltassem os meus nunca mais...

Nós fomos até a porta de seu apartamento e Jimin abriu-a cuidadosamente. Ele entrou na minha frente, e não soltou minha mão até atravessarmos a sala e chegarmos em seu sofá. Nossas palmas apenas se separaram quando ele colocou ambas as mãos em meus ombros, me empurrando devagarzinho até eu me sentar no canto de seu sofá macio e confortável, permanecendo de pé na minha frente.

Pisquei um par de vezes e olhei para cima, o fitando. Jimin hyung deu um sorriso carinhoso e perguntou:

— Faz muito tempo desde que você comeu?

Pensei um pouco e assenti com a cabeça, ainda em silêncio. Jimin não deixou de sorrir e afagou ainda mais meu ombro. Naquele momento, eu quis agradecê-lo pelo Curry. Quis agradecê-lo pelo carinho. Eu apenas queria que ele soubesse o quão grato eu era, mas me sentia tão envergonhado que nada saía pelos meus lábios.

— O que você tem aí? — perguntou, pegando a sacolinha em minhas mãos cuidadosamente. Antes que eu respondesse, ele a espiou, e viu os potes de sorvete. — Vou colocar no congelador, tá bom?

Sem hesitar, balancei a cabeça positivamente, vendo Jimin se afastar e meu peito esquentar quando pude ouvi-lo falar com seu gato Frajolinha, que estava miando bastante. Não pude evitar meu sorriso grande e feliz por poder estar em sua casa novamente.

— Jungkookie, um colega da ONG que eu faço parte vai passar aqui daqui a pouco, mas não se preocupe porque ele só vai deixar uma coisa, tá? — Jiminnie disse, de repente, vindo da cozinha com uma caixinha de lenços e um copo de água.

Me senti um incômodo por estar ali quando ele tem alguém para receber e finalmente disse alguma coisa:

— Se quiser, eu posso ir embora... — falei, já me preparando para me levantar, mas Jimin me impediu.

O Abanar do Amor {jikook}Where stories live. Discover now