•Prólogo•

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Enrico

Chutei a porta do elevador quando ele demorou para abrir. Porra. Estava inquieto,meu interior se revirava com a idéia de ver a minha menina surtando de novo. Aquilo não podia estar acontecendo,não de novo.

Quando as portas deslizaram,eu saí do elevador como um furacão,ignorando os latidos de Dianna nos fundos da cobertura. Subi a escada de dois em dois degraus e fui direto para o quarto. Estava ciente de Giuseppe me seguindo.

Assim que entrei no quarto meu coração apertou.

Pietra estava encolhida no chão ao lado da nossa cama,sua irmã Mariá na sua frente. Assim que ela me viu ela saiu da frente de Pietra.

Me abaixei na frente dela,ignorando os sons que ela fazia e coloquei o dedo embaixo do seu queixo delicado,a fazendo olhar para mim. Quando seus olhos azuis e desfocados olharam para mim,tudo o que tinha de durão dentro de mim se derreteu. Era só um olhar,ela nem precisava falar nada, e eu me sentia assim,um bobo apaixonado. Em tão pouco tempo essa mulher roubou tudo de mim,tirou tudo de ruim que havia e preencheu com a sua luz ofuscante.

— Ei,il mio amore. — ela focou seus olhos em mim,sua cabeça se inclinando para o lado,como uma criança. — Vamos dançar?

Ela apenas me olhou,e como da última vez,tomei isso como um sim.

Segurei seu braço com delicadeza e a levantei junto comigo,agarrando seu corpo pequeno e trêmulo e a envolvi com os meus braços. Segurei sua nuca com a outra mão,sentindo meu coração bater forte quando ela enterrou o rosto no meu peito e abraçou a minha cintura, praticamente se fundindo comigo.

Respirei seu cheiro suave enquanto começavamos a dançar uma música imaginaria,uma que só existia na mente de nós dois.

Mariá fez um sinal de onde estava que estava indo embora,estava nervosa,era muito óbvio,ainda mais porque Giuseppe estava atrás dela falando alguma merda.

Concordei com ela e voltei a minha atenção para Pietra, me concentrando nela e desligando tudo ao meu redor. Só ela me importava naquele momento,a mulher da minha vida.

Desfrutei da sensação deliciosa do seu corpo contra o meu,sem ultrapassar os limites,determinado a descobrir que porra estava acontecendo com a minha garota.

Passaram-se alguns minutos,longos e arrastados minutos, até que sua respiração acalmasse e sua cabeça se movesse na minha mão.

Olhei para baixo e encontrei seus lindos olhos azuis me fitando,sábios e muito tristes.

— Cucciolo. — Murmurei contra os seus cabelos macios da cor do sol.

— Aconteceu de novo,não foi? — perguntou com a voz triste.

Me afastei dela alguns centímetros e olhei para o seu rosto.

— Aconteceu,meu amor.

Ela suspirou,as lágrimas agora secas em suas bochechas.

— Eu sinto muito. — falou abaixando o olhar.

— Sente por quê? — perguntei com o cenho franzido.

— Por não ser a mulher que você merece. Com todos esses problemas e ainda...

— Ei,ei..— falei agarrando seu queixo. — Você é a mulher perfeita para mim. Nada mais do que isso. Eu te amo,se lembra?

Um sorriso iluminou o seu rosto,e caralho,isso fez meu coração dar uma guinada.

— E eu também te amo. Você é tudo pra mim,sabe disso, não é? — perguntou,então me abraçou de novo e beijou meu peito,bem em cima do meu coração.

Sorri,acariciando os cabelos da sua nuca.

— E você é o meu céu,pequeno cucciolo.

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O Bebê do Capo | Spin-off de Gaiola DouradaOnde histórias criam vida. Descubra agora